O uso de gelo no skincare tem ganhado espaço nas de rotinas de beleza, inclusive, a atriz Carolina Dieckmmann revelou que esse é seu truque para manter a pelo “perfeita”. Segundo a dermatologista Cristina Salaro, porém, é preciso compreender seus verdadeiros efeitos e limitações.
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De acordo com a médica, passar cubos de gelo no rosto pode promover vasoconstrição temporária, o que dá à pele uma aparência mais firme e menos inchada, além de uma impressão de poros visivelmente mais fechados. “Esse efeito é passageiro e não altera a estrutura da pele a longo prazo”, explica.
Apesar da aparência de poros menores, Cristina alerta: “Os poros não têm músculos para contrair, então o que ocorre é uma contração da pele ao redor. É um efeito efêmero e fugaz”.
Segundo Cristina, essa técnica pode ser útil para quem acorda com o rosto inchado, desde que não se esqueça de investigar a origem do inchaço, que pode estar relacionada, por exemplo, a problemas renais.
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Quanto ao uso de gelo com a intenção de ajudar na penetração de ativos cosméticos, a dermatologista é categórica: “Essa ideia não procede. A vasocontrição diminui a circulação na pele, o que pode reduzir sua permeabilidade e dificultar a absorção dos ativos.” Nesse caso, segundo ela, o gelo pode apenas suavizar irritações ou promover sensação de frescor após a aplicação dos produtos, mas não melhora sua eficácia.
A técnica de mergulhar o rosto em uma bacia com água gelada ou gelo — popularizada por figuras como Costanza Pascolato — também produz efeitos semelhantes: vasoconstrição, redução de inchaço e frescor, sendo uma opção pontual, por exemplo, após noites mal dormidas.
Passar cubos de gelo no rosto promove vasoconstrição temporária, o que pode dar aparência de pele mais firme e menos inchada
O alerta permanece: “É preciso evitar a exposição prolongada ao frio. O uso do gelo, seja em cubos ou imersão, deve durar no máximo entre um e três minutos. Do contrário, pode haver irritação, vasodilatação de rebote ou até queimadura pelo frio, especialmente em peles sensíveis.”
Nem todo mundo pode fazer, alerta médica
A dermatologista não recomenda o uso de gelo em casos de rosácea moderada ou grave, dermatites ativas ou após procedimentos estéticos agressivos, como o laser de CO₂.