Após a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD), surge oficialmente, nesta terça-feira (9/9), a zona sudoeste do Rio de Janeiro. A criação territorial redesenha o mapa da cidade e divide a zona oeste em duas, conforme a proposta do vereador Dr. Gilberto (Solidariedade).
O argumento principal para o regrupamento dos bairros foi a diferença entre necessidades e interesses, o que deve ajudar o poder público a definir os investimentos prioritários em cada região.
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A nova área tem cerca de 200 quilômetros quadrados, com 1,2 milhão de habitantes e arrecadação de R$ 3,1 bilhão, somando-se ISS e IPTU, e compreende 21 bairros.
São eles: Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Barra Olímpica, Anil, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Praça Seca, Pechincha, Rio das Pedras, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Vila Valqueire.
Os demais bairros da zona oeste se mantêm sob esta denominação. A aprovação da proposta na Câmara, em 14 de agosto, teve quórum largamente favorável: na segunda discussão, foram 31 votos favoráveis, dois contrários e quatro abstenções.
Nova divisão
De acordo com a Câmara de Vereadores do Rio, o objetivo é permitir uma melhor atuação de órgãos públicos e destinação de recursos para infraestrutura. Não será porque esses bairros deixaram de integrar formalmente a zona oeste que haverá reajuste de IPTU, por exemplo.
Esta era, aliás, uma preocupação da Câmara dos Vereadores antes da votação do projeto de lei, mas, atendendo a um requerimento enviado pelo presidente da Casa, vereador Carlo Caiado (PSD), a Secretaria municipal de Fazenda informou que o valor do imposto não seria alterado, já que é calculado de acordo com a região administrativa do imóvel, e não haverá qualquer alteração neste sentido: os bairros da zona sudoeste continuarão a pertencer à Área de Planejamento 4 da cidade.
Parte dos moradores da nova região se manifestou a favor da mudança de nome, alegando que os bairros da agora zona sudoeste têm necessidades diferentes dos da chamada zona oeste “raiz”. Parte foi contra, alegando que a separação dos bairros de maior poder aquisitivo poderia levar a um maior preconceito contra os moradores.
No entanto, o prefeito Eduardo Paes tinha apontado concordâncias com o primeiro grupo às vésperas de sancionar a lei, quando indicou que o faria. “Essa coisa de ficar chamando Barra e Jacarepaguá de zona oeste nunca colou. É bom dar um novo nome”, alegou.