A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, neste sábado (19/9), que um dos criminosos envolvidos na invasão ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, foi morto pelos próprios comparsas poucas horas após o ataque. O homem foi identificado como Erlan Oliveira de Araújo.
O corpo foi encontrado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Baixada Fluminense (DRE-BF), que já monitorava os suspeitos. Ao lado da vítima, os milicianos deixaram um colete falsificado da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Leia também
-
Bandido com colete da polícia invadiu hospital para matar paciente
-
Presidente da Torcida Jovem do Flamengo é preso por morte de vascaíno
-
Torcedor do Vasco morto: polícia prende seis em operação no Rio
-
Digitais confirmam identidade dos quatro corpos achados no PR
De acordo com o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, o miliciano morto era considerado um dos principais responsáveis pela invasão e já havia sido identificado pelas autoridades.
“As diligências da DRE-BF estavam no encalço do grupo, que, sabendo estar prestes a ser preso nas próximas horas, decidiu executar um de seus integrantes, na tentativa de evitar um confronto com a polícia. Essa ação não vai interromper a busca incansável de nossas equipes pelos criminosos”, afirmou.
A Delegacia de Homicídios (DH) foi acionada e realizou perícia no local onde o corpo foi encontrado. As investigações agora miram não apenas os responsáveis pela invasão, mas também os executores do miliciano.
O ataque ao hospital
A madrugada de quinta-feira (18/9) foi marcada por cenas de guerra dentro do Hospital Municipal Pedro II. Oito criminosos armados invadiram a unidade em busca de Lucas Fernandes de Souza, de 31 anos, que havia sobrevivido a um atentado horas antes.
Segundo a Polícia Civil, o objetivo era matar o paciente para impedir que ele identificasse os autores da emboscada. Um dos invasores usava um colete balístico da Draco, numa tentativa de se passar por policial.
Lucas havia sido levado ao centro cirúrgico, mas transferido para a enfermaria pouco antes da ação, o que frustrou o grupo. Eles renderam seguranças na garagem e seguiram direto para o bloco cirúrgico, sem encontrar o alvo.
Por medida de segurança, a Prefeitura informou que o paciente foi novamente transferido para outra unidade, com nome alterado no sistema, para evitar novas investidas.