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    Saiba o que disse assassino ao torturar e matar jovens na Argentina

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    Um crime brutal expôs o lado mais perverso do narcotráfico argentino. Os corpos de Brenda del Castillo, 20 anos, Morena Verdi, 20, e Lara Gutiérrez, 15, foram encontrados esquartejados em uma casa de Florencio Varela, na Grande Buenos Aires, na quarta-feira (24/9). Antes de serem mortas, as jovens foram torturadas, e parte da sessão foi transmitida ao vivo pelo Instagram para um grupo fechado de 45 pessoas.

    Durante a transmissão, o líder do grupo, identificado como “Little J” ou “Julito”, de 23 anos, deixou claro o motivo da barbárie: “Isso acontece com quem rouba minhas drogas”, disse ele diante das câmeras, em tom de ameaça a rivais e de recado ao próprio círculo criminoso.

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    Entre as vítimas, Lara foi a que mais sofreu, ela teve os cinco dedos da mão esquerda amputados, além de parte da orelha, antes de ser assassinada. As três jovens haviam sido atraídas sob o pretexto de participar de um encontro privado. Elas acreditavam que receberiam dinheiro em troca de um programa, mas acabaram presas em uma emboscada.

    Segundo o ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, Javier Alonso, a casa onde o crime ocorreu fazia parte da estrutura criminosa que abastece pontos de tráfico na periferia sul da capital. “Elas acreditavam que iriam participar de um evento para o qual foram convidadas. Foram por vontade própria com alguém que conquistou sua confiança”, explicou.

    Ao menos 12 pessoas já foram presas, entre elas quatro suspeitos que tentavam limpar a cena do crime quando a polícia chegou. As autoridades ainda buscam identificar todos os envolvidos, incluindo um traficante peruano apontado como mandante do triplo homicídio e que seria o líder de uma rede que opera na favela 1-11-14, em Buenos Aires.