O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (15/9) Stephen Miran, aliado do presidente Donald Trump, para a diretoria do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, por 48 x 47 votos.
Miran prometeu defender a independência do Fed, mesmo tendo dito que o presidente tem “direito” de opinar sobre a política monetária.
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O novo diretor afirmou no Congresso na quinta (11/9) que o comitê de definição de taxas do Fed é “um grupo independente com uma tarefa monumental e pretendo preservar essa independência e servir ao povo americano da melhor maneira possível”.
De acordo com relato do jornal Financial Times, Miran se recusou a comentar se concordava com Trump a respeito da manipulação de informações econômicas pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS, sigla em inglês). No entanto, respondeu que os dados “se deterioraram constantemente ao longo do tempo”.
A audiência no Senado é realizada em um momento em que o mandatário americano lança um ataque abrangente às instituições econômicas dos EUA.
Trump demitiu o chefe do BLS há cerca de um mês, sob a alegação de que a agência havia manipulado dados do mercado de trabalho para prejudicar seu governo. Ele também criticou duramente o chefe do Fed, Jay Powell, insistindo que a instituição deveria reduzir as taxas de juros