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    Seu cachorro destrói objetos em casa? Saiba por que e como evitar

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    Óculos, pantufas, pelúcias, sofá, cadeira e o que encontrar pela frente: esses são alguns dos focos de um cachorro “destruidor” – pet que, na tentativa de se distrair e roer algo, pode acabar “atacando” os objetos pessoais de seus tutores. Caso você tenha um desses em casa e esteja procurando formas de acabar com os rastros de destruição deixados pelo caminho, existem algumas possibilidades sugeridas por especialistas.

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    As motivações desse comportamento podem variar entre causas comportamentais e de saúde. Segundo o veterinário Lourenço Candido Cotes, a ansiedade de separação é uma delas, uma vez que está relacionada ao estresse e à insegurança do animal. Outra possibilidade é devido ao excesso de energia acumulada. Quando os tutores não estimulam os pets a fazerem atividades física ou mental, eles podem acabar “descarregando” essa energia nos objetos da casa.

    “O tédio por ambientes pouco estimulantes é um dos fatores, além de uma curiosidade natural canina, especialmente em filhotes, que exploram o mundo com a boca”, acrescenta o professor do Centro Universitário Braz Cubas.

    Do ponto de vista médico, as alterações dentárias (dor ou troca dos dentes em filhotes), os distúrbios neurológicos e até mesmo os transtornos compulsivos podem levar ao comportamento destrutivo. Nesses casos, Candido indica levar o cão para uma investigação veterinária.

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    Solucionando o caso

    É importante observar o contexto e a frequência do hábito de destruir coisas no lar. Candido explica que, quando a destruição ocorre com maior recorrência na ausência do tutor e vem acompanhada de vocalização excessiva, salivação ou tentativas de fuga, o motivo pode estar ligado ao desenvolvimento de uma ansiedade de separação.

    “Caso o cachorro seja jovem, ativo e passe longos períodos sem gastar energia, a destruição tende a ser uma forma de descarregar excesso de energia, ocorrendo em diferentes momentos do dia”, aponta o veterinário.

    Entretanto, o instinto de roer é comum tanto em filhotes como em cães adultos que nunca tiveram acesso adequado a brinquedos apropriados – nessas situações, o comportamento aparece mesmo com o tutor por perto.

    Alternativas viáveis

    Entre os caminhos possíveis para evitar que o seu pet siga destruindo seus objetos pessoais, está o enriquecimento ambiental. Confira abaixo as estratégias sugeridas pelo especialista:

    • Brinquedos interativos e mastigáveis: ossos artificiais, brinquedos recheáveis com petiscos ou alimentos pastosos estimulam o cão a roer algo permitido.
    • Rotina de exercícios físicos: passeios diários, corridas, brincadeiras de buscar bolinha ou cabo de guerra ajudam a liberar energia.
    • Atividades de estímulo mental: tapetes olfativos, brinquedos que liberam ração aos poucos e treinos de obediência básica são ótimas pedidas.
    • Espaço seguro: delimite áreas da casa quando o tutor não estiver, evitando acesso a móveis valiosos.

    Candido, por fim, faz um alerta: caso o comportamento seja persistente, intenso ou cause risco ao bem-estar do cão ou da família, é indicado buscar ajuda especializada. Em algumas situações, o ideal seria optar por terapia comportamental, a exemplo da socialização ou adestramento.