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    Sistema inédito no Brasil usa laser, 3D e IA para catalogar árvores

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    A prefeitura de São Paulo dá um passo inédito na gestão ambiental da cidade com o início do Inventário da Arborização Urbana, autorizado nessa sexta-feira (12/9).

    Com investimento de R$ 18 milhões, a iniciativa empregará uma tecnologia pioneira no Brasil para mapear, com precisão sem precedentes, todas as árvores localizadas em ruas, avenidas e canteiros centrais da capital.

    O objetivo é permitir uma gestão mais estratégica do manejo arbóreo, identificar áreas prioritárias para novos plantios e fortalecer políticas públicas de preservação e expansão da cobertura verde.

    O levantamento será feito por meio de um sistema de ponta que utiliza a tecnologia Lidar (Light Detection and Ranging ou Detecção e Alcance por Luz), acoplada a um veículo equipado para emitir pulsos a laser em 360 graus.

    O recurso é capaz de medir distâncias de até 300 metros de alcance e 30 metros de altura, registrando de forma georreferenciada cada exemplar identificado ao longo das vias.

    Fotografia colorida mostrando carro com sistema de monitoramento-Metrópoles

    Na etapa seguinte, uma plataforma com inteligência artificial processará os dados para reconhecer automaticamente as árvores, gerar imagens em 3D, fotos gerais e relatórios descritivos sobre a condição de cada indivíduo.

    Essas informações serão organizadas em um sistema desenvolvido pela administração municipal, oferecendo uma base técnica sólida para tomadas de decisão mais eficientes e sustentáveis.

    A capital será a primeira cidade do Brasil a utilizar essa inteligência artificial para garantir precisão, agilidade e ampla abrangência no monitoramento da arborização. Diferente dos inventários tradicionais, feitos manualmente e que podem levar no mínimo sete anos para a conclusão, a nova tecnologia prevê que o trabalho seja feito em três anos.

    Fotografia colorida mostrando mão apontando para computador-Metrópoles

    A execução do projeto reunirá dados detalhados sobre cada árvore, incluindo espécie, estado fitossanitário, Diâmetro do Tronco à Altura do Peito (DAP), ângulo de inclinação, altura total e da primeira bifurcação, altura e volume da copa, além da localização por georreferenciamento.

    O trabalho ficará a cargo da empresa Metro Cúbico Engenharia e identificará áreas com potencial para novos plantios, seguindo as diretrizes do Manual Técnico de Arborização Urbana.

    O levantamento de dados em campo terá início na Vila Mariana, na Zona Sul, e, posteriormente, será feito simultaneamente nas regiões Norte, Sul, Leste e Centro-Oeste, conforme plano de trabalho mensal que levará em conta a divisão dos distritos pelas subprefeituras.

    Nos três primeiros meses, a coleta ocorrerá em um distrito por mês, com uma etapa piloto para ajustar o planejamento e elaborar o cronograma completo que abrangerá os demais 96 distritos da cidade.

    A iniciativa integra a Ação 01 do Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU) e prevê o mapeamento de aproximadamente 650 mil árvores, em até três anos, por meio de um sistema avançado de Mapeamento Móvel (MMS).

    Prefeitura de São Paulo

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