O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início ao processo de conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Na prática, a medida integra o estado, que estava isolado, ao mapa energético do Brasil.
O início da energização do Linhão Manaus — Boa Vista foi oficializado em uma visita ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em Brasília, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante o evento, o petista fez provocações ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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“Em vez de o Trump ficar brigando com a gente, ele poderia vir conhecer o nosso sistema interligado. Ele ia perceber que ia ser muito melhor para os EUA do que ficar brigando com a gente, que não quer brigar”, destacou o petista.
O presidente sugeriu mostrar para o mundo inteiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, o mapa energético do Brasil. Ele aproveitou para mandar um recado ao chefe da Casa Branca.
“Temos de mostrar isso para o mundo inteiro. Se o Trump vier, nós vamos ter de mostrar esse painel para ele comparar com o painel americano. Para ele ver que nós acreditamos em nós, nós somos um país soberano e somos donos do nosso nariz”, ressaltou.
As declarações do petista ocorrem um dia após os Estados Unidos voltarem a ameaçar o Brasil, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, falou em usar o “poder militar” do país para “garantir a liberdade de expressão”, ao comentar o julgamento do ex-chefe do Executivo.
Economia
Segundo o governo federal, foram investidos R$ 2,6 bilhões em cerca de 725 km de extensão, em circuito duplo de 500 kV. A medida também deve promover maior segurança energética para a região, além de baratear a conta de energia.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a interligação vai representar uma economia de R$ 45 milhões ao mês na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um encargo pago para subsidiar sistemas isolados e que incide sobre a conta de luz dos consumidores. Ao ano, a previsão é de uma economia de R$ 500 milhões.