O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), esteve nesta segunda-feira (22/9) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, onde ele cumpre prisão domiciliar. Durante a visita, os dois conversaram sobre as manifestações realizadas no último domingo (21/9) em todo o país.
Sóstenes afirmou que Bolsonaro acompanhou os protestos pela televisão. O deputado avaliou que a concentração foi maior no Rio e em São Paulo, mas associou a presença do público ao caráter cultural dos atos, marcados por apresentações de artistas.
“Houve uma maior concentração de público no Rio e em São Paulo e aquilo parecia mais um pré-carnaval do que uma manifestação política, por causa dos músicos e das pessoas que estavam ali mais para esse tipo de evento. Mas eu acho que toda manifestação, seja de quem for, tem que ser respeitada”, declarou.
O parlamentar também criticou o que considera tratamento desigual da imprensa entre protestos da direita e da esquerda. Segundo ele, veículos de comunicação classificam atos bolsonaristas como “esvaziados”, enquanto destacam a participação em mobilizações do campo progressista.
“É muito triste quando nós da direita vamos às ruas e vemos parte da imprensa falar que é manifestação esvaziada. Ora, por que ontem foi multidão, se teve menos gente do que no 7 de Setembro, que o mesmo jornal disse estar esvaziado? Essas coisas eu não consigo entender”, afirmou.
Manifestações da esquerda
As mobilizações foram organizadas por partidos, movimentos sociais, artistas e influenciadores em protesto contra a PEC 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, e contra o Projeto de Lei da Anistia.
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Os atos ocorreram nas 27 capitais, com destaque para a Avenida Paulista, em São Paulo, e a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, que reuniram cerca de 42 mil pessoas cada, segundo estimativas do Monitor do Debate Político da USP.
Em São Paulo, artistas como Marina Lima, Emicida e Jota.Pê se apresentaram. Já no Rio, nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan e Paulinho da Viola participaram. Em Salvador, Daniela Mercury abriu uma bandeira do Brasil em cima do carro de som, ao lado do ator Wagner Moura e da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).