MAIS

    STF: apenas um réu comparece ao 1° dia de julgamento da trama golpista

    Por


    Logo Agência Brasil

    O ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira foi o único dois oito réus a comparecer para acompanhar presencialmente o primeiro dia de julgamento da tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. A sessão ocorre na sala de audiências da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF),

    “A gente acredita na Justiça e nas provas apresentadas nas nossas alegações finais”, disse Nogueira ao chegar para o julgamento. 

    Notícias relacionadas:

    O próprio Bolsonaro, réu denunciado como líder da trama golpista, decidiu não comparecer ao julgamento. Segundo o advogado de defesa do ex-presidente, Celso Vilardi, Bolsonaro chegou a cogitar ir presencialmente, mas acabou desistindo da ideia devido a problemas de saúde. “Ele não está bem”, afirmou o defensor

    Os outros réus estão representados por seus advogados. Em nome da acusação, está presente o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que assina a denúncia. 

    >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

    Os réus do chamado núcleo crucial da trama golpista, composto pelos que seriam os principais autores intelectuais do golpe, são: 

    • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
    • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
    • Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
    • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
    • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
    • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
    • Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
    • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

    Todos foram acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos seguintes crimes: 

    • liderar ou integrar organização criminosa armada, 
    • atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, 
    • golpe de Estado, 
    • dano qualificado por violência e grave ameaça, 
    • deterioração de patrimônio tombado. 

    A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, por cumprir mandato de deputado federal, foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente aos três primeiros crimes citados acima. A regra está prevista na Constituição. 

    Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão, a depender do papel desempenhado pelo condenado no complô golpista. 

    Acompanhe

    O julgamento de Bolsonaro e mais sete ex-auxilares por tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes começou nesta terça, com a leitura de um resumo do caso pelo relator, ministro Alexandre de Morares. 

    Depois, será a vez de Gonet realizar sua sustentação oral. Ele tem uma hora para reiterar suas acusações, prorrogável por mais uma hora.

    À tarde, estão previstas as sustentações das defesas. Cada advogado terá uma hora para falar. 

    >> Entenda o rito do julgamento de Bolsonaro e aliados.

    A análise do caso ocorre na sala de audiências da Primeira Turma do Supremo, em Brasília, e é transmitida ao vivo pela TV e Rádio Justiça e também pelo canal oficial do STF no YouTube. 

    Acompanhe ao vivo: