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    STF é acionado para barrar indicação de ex-ministro de Bolsonaro ao TCE

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    O deputado estadul Emídio de Souza (PT-SP) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (9/9), para pedir a anulação da indicação do ex-ministro do governo Bolsonaro, Wagner de Campos Rosário, ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Wagner Rosário foi indicado pelo atual governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Na representação dedicada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o deputado reforça que Wagner Rosário participou da reunião ministerial, realizada no dia 5 de julho de 2022, em que “integrantes do governo Bolsonaro discutiram estratégias de deslegitimação do processo eleitoral, ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral e mecanismos para justificar eventual ruptura institucional”.

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    Emídio de Souza afirmou que a reunião é definida pela Polícia Federal (PF) como “parte do esforço de construção de uma ‘dinâmica golpista’ que envolveu núcleos políticos, de produção e de difusão de conteúdos desinformativos”.

    O parlamentar diz ainda que o indicado por Tarcísio de Freitas não é formalmente denunciado, mas se encontra no raio de influência dos fatos investigados e, por isso, não pode assumir um cargo que “exige reputação ilibada e idoneidade moral”.

    Tarcísio em ato na Paulista

    • A representação separa um tópico para abordar a postura do governador de São Paulo, responsável pela indicação de Wagner Rosário ao TCE-SP, no ato bolsonarista realizado nesse domingo, 7 de setembro, na Avenida Paulista.
    • Nesse trecho, Emídio diz que Tarcísio de Freitas atacou o STF e criticou o ministro Alexandre de Moraes ao falar sobre “tirania”.
    • Naquele momento, o público começou a gritar contra Moraes, ato que foi alimentado, segundo o parlamentar, pelo governador.
    • “Não se trata, portanto, de retórica política isolada, mas de estratégia deliberada de corrosão institucional, conjugada com a tentativa de projetar aliados ideológicos em órgãos de controle”, diz o documento.