O ônibus em que os seis adolescentes se reuniram para ter relações sexuais virou uma espécie de atração do bairro Morumbi, em Cascavel (PR). Desde que o vídeo explícito foi divulgado na internet, o veículo passou a ser visitado por curiosos que gravam vídeos sobre o caso e posam para fotos na frente do automóvel.
No TikTok, adolescentes postam fotos do veículo e fazem questão de desctacar nas legendas: “Foi aqui que aconteceu!”
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O ônibus está estacionado no local há cerca de dois anos, segundo informações da imprensa local. Um morador entrevistado relatou que o veículo pertence a um primo dele, que se mudou há um tempo para o Mato Grosso (MT).
A Polícia Civil do Estado do Paraná (PCPR) está investigando o caso e confirmou à coluna que rastreará todos que armazenaram e divulgaram o conteúdo, uma vez que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolecente (ECA), a prática configura crime grave.
De acordo com o Diário do Litoral, a Transitar, autarquia de Mobilidade, Trânsito e Cidadania do município, informou que o veículo passará por uma nova vistoria técnica.
Burburinho nas escolas
Além de tornar-se viral no meio digital, o registro passou a tumultuar as aulas nas escolas do estado. Um professor chegou a registrar ocorrência na polícia.
Em entrevista à coluna, o homem, que é docente da rede pública de ensino do Paraná, demonstrou revolta diante do caso. Ele, que preferiu não se identificar, relatou que, logo no primeiro dia do vazamento, o conteúdo explícito trouxe dor de cabeça para quem estava à frente das aulas.
Isso porque, segundo ele, os alunos ficaram eufóricos, comentando incansavelmente as imagens, além de tratarem o assunto como chacota e espalharem o material entre si.
Perplexo com a reação dos adolescentes que receberam o conteúdo, o professor resolveu aconselhar os alunos. “Alertei que isso foi um crime, e eles deram risada. Eles duvidam. Estão céticos quanto à capacidade da polícia de investigar e chegar a cada um deles.”
Descrente de punições, os adolescentes mantêm os vídeos guardados e continuam compartilhando. “Eles permanecem fazendo exibição e dando risada.” O docente desabafa que já não aguenta mais ouvir comentários sobre o material.
Diante dos fatos, ele registrou uma denúncia na Polícia Civil do Paraná (PCPR).