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Tarcísio expõe desânimo a aliados e rechaça enfrentar Lula em 2026

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Tarcísio expõe desânimo a aliados e rechaça enfrentar Lula em 2026

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a demonstrar desânimo em conversas com aliados sobre o atual cenário político e as articulações em torno de uma possível candidatura à Presidência da República em 2026, em que disputaria o cargo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo relatos de pessoas próximas, Tarcísio está insatisfeito com a desorganização da direita e com a pressão que sofreu nas últimas semanas de lideranças do Centrão para se colocar definitivamente como o adversário do petista, o que o teria exposto a críticas de opositores, da opinião pública e a ataques do PT em peças publicitárias.

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Tarcísio de Freitas aponta risco de perda de 120 mil empregos em São Paulo devido ao tarifaço

Isabella Finholdt / Metrópoles2 de 10

Valdemar da Costa Neto, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas conversam durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista

Sam Pancher/Metrópoles3 de 10

Pablo Jacob/ Governo do Estado de SP4 de 10

Paulo Bareta/Divulgação/XP5 de 10

Valdemar elogiou chapa com Tarcísio e Ciro Nogueira

Reprodução/ redes Ciro Nogueira6 de 10

Aliado de Bolsonaro, Tarcísio conversa com Moraes durante cerimônia no TSE

Igo Estrela/ Metrópoles7 de 10

Tarcísio de Freitas recebeu apoio de Nikolas Ferreira após pedido de investigação feito pelo PT a Moraes

Reprodução / Redes sociais8 de 10

Tarcísio de Freitas na Avenida Paulista

Danilo M. Yoshioka/Metrópoles9 de 10

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro dos Portos e Aerportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)

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Marcos Pereira e o governador Tarcísio de Freitas

Reprodução

Um aliado do chefe do Executivo estadual acredita que Tarcísio teria entrado em uma “furada” ao topar a empreitada de um projeto presidencial junto a figuras como Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil), presidentes dos seus respectivos partidos.

Em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), Tarcísio tomou a frente da articulação pela aprovação da anistia em Brasília e radicalizou o discurso contra a Corte e, principalmente, contra o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

“Se antes ele [Tarcísio] demonstrava alguma dúvida em ser candidato [a presidente], hoje não parece restar mais nenhuma. Ele percebeu que o cenário [presidencial] é muito desfavorável pra ele no momento e que o Lula se fortaleceu no último mês”, resumiu um importante aliado do governador, que conversou reservadamente com o Metrópoles.

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A exposição gerou desgastes a Tarcísio. Pesquisa Genial/Quaest divulgada em 18 de setembro mostrou que a rejeição nacional ao governador de São Paulo atingiu 40% em setembro, dando continuidade à tendência de alta nos últimos meses.

Depois dos movimentos, Tarcísio optou por “submergir” e voltar as atenções para pautas de São Paulo, com agendas no interior e reuniões internas no Palácio dos Bandeirantes. Além disso, precisou lidar com as repercussões do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, com possível envolvimento do crime organizado na ação.

Na última quarta-feira (17/9), Tarcísio voltou a negar publicamente a intenção de disputar a Presidência e afirmou que pretende se candidatar à reeleição.

“Diria que após pagar a fatura [ao bolsonarismo] ele ficou mais tranquilo para recusar um projeto nacional”, afirmou uma fonte próxima ao governador, referindo-se ao ataque feito por Tarcísio a Moraes na manifestação de 7 de Setembro, na Avenida Paulista.

 

Desorganização da direita

“Jogo pesado” do PT

O Metrópoles apurou que, a aliados, Tarcísio também tem afirmado ser difícil disputar contra a “máquina do governo federal”, inclusive citando as peças publicitárias que a gestão petista passou a divulgar.

O governador ainda teria dito que o Congresso Nacional sinaliza não encampar um projeto de anistia ampla e irrestrita, como defendem os bolsonaristas.

Na visão de Tarcísio, segundo interlocutores, a tendência é que o governo Lula ainda seja beneficiado com a aprovação de projetos considerados estratégicos para os petistas, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e o auxílio gás, já visando as eleições do próximo ano.

Diante desse cenário adverso, o governador passou a afirmar que deve focar na reeleição em São Paulo, onde poderá concluir e entregar obras e projetos ao longo do próximo mandato, pavimentando uma candidatura presidencial em 2030, já sem Lula no caminho — o petista só poderá disputar a reeleição no ano que vem.

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