A extrema-direita sempre acenou com uma revolta popular caso Bolsonaro fosse condenado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta da democracia.
Cadê a revolta? Onde ela está ocorrendo? Quem souber, me avise.
Ou, por acaso, os revoltados ainda esperam a publicação no Diário Oficial da Justiça da sentença que condenou Bolsonaro a de 27 anos e 3 meses de prisão para só então se manifestarem?
Tudo é possível no país da jabuticaba.
Eduardo Bolsonaro, o embaixador do tarifaço de Trump, já achou possível fechar o Supremo Tribunal Federal com a ajuda de um cabo e de um soldado.
Agora, ao lamentar a condenação do pai, ele diz que Trump poderá mandar caças 7-35 e navios de guerra dos Estados Unidos para as costas do Brasil, como fez com a Venezuela do ditador Nicolás Maduro.
A diferença está justamente aí: Maduro é um ditador, Lula não é. A Justiça venezuelana não é independente, a nossa é.
E o mundo sabe disso. E os brasileiros também sabem, e não cruzariam os braços diante da ameaça de intervenção estrangeira em nossos assuntos.
Bolsonaro e seus capachos perderam a parada de suas vidas. A democracia, aqui, saiu fortalecida.
É algo para se festejar em um país que já enfrentou desde a Proclamação da República cerca de 15 tentativas de golpe, algumas bem-sucedidas.
As portas da Penitenciária da Papuda estão abertas para Bolsonaro e os demais golpistas. Marcola, o líder do PCC que ali está preso, saúda desde já seus futuros companheiros de infortúnio.
Todos fizeram por merecer.