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    Trama golpista: voto de Fux no STF é “esperança jurídica”, diz Zucco

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    O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), disse, nesta quarta-feira (10/9), que o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus é “uma esperança jurídica”. A declaração foi dada pelo deputado na chegada à Primeira Turma do Supremo, onde ele vai acompanhar o quarto dia de julgamento da trama golpista.

    “Logicamente, que o voto do ministro Fux é uma esperança jurídica no meio de uma condenação política. Vocês não estão vendo nada jurídico aqui. Vocês podem ver na dificuldade de desenvolver um voto que nem eles acreditam, só que o Brasil já está falando dessa condenação. Ou melhor, o mundo está vendo essa condenação”, afirmou Zucco.

    Segundo o parlamentar, a oposição acredita que Fux traga “alguma novidade”, ou seja, uma divergência em relação ao voto do relator, Alexandre de Moraes.

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    A partir das 9h desta quarta, a Primeira Turma do STF retoma o julgamento de Bolsonaro e mais sete aliados acusados de planejar uma tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. A sessão deve se estender até as 14h.

    Acompanhe aqui:

    O ministro Luiz Fux abre a sessão desta quarta-feira. O placar está 2 a 0, restando três votos para a conclusão do julgamento. Caso Fux siga o relator, mesmo com divergências, o STF formará maioria pela condenação dos réus.

    O magistrado é visto pelo núcleo bolsonarista como uma possível esperança de divergência em relação a Moraes, principalmente no que diz respeito às penas.

    Nessa terça-feira (9/9), os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de Bolsonaro e aliados.

    Embora já tenha manifestado discordâncias em outros momentos sobre o uso da delação premiada do ex-ajudante Mauro Cid como prova central e sobre a competência da Primeira Turma para conduzir o caso, o Metrópoles apurou que a chance de ele apresentar pedido de vista nesta ação penal é considerada remota.

    Após Fux, votam os ministros Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. Eles terão os dias 11 e 12, das 9h às 19h, para apresentar seus posicionamentos. Ao final, será feita a dosimetria das penas, quando a punição exata para cada réu é definida.