O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (22/9) uma ordem executiva classificando o movimento antifascista de esquerda “Antifa” como uma “organização terrorista doméstica”. O anúncio foi feito pela Casa Branca e ocorre dias após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, crime que intensificou o discurso do republicano contra grupos de esquerda.
Na semana passada, Trump já havia antecipado a medida em uma publicação na Truth Social.
“Tenho o prazer de informar aos nossos muitos patriotas dos EUA que estou designando a ANTIFA, um desastre doentio, perigoso e radical da esquerda, como uma grande organização terrorista”, escreveu.
O republicano também afirmou que pretende recomendar investigações sobre o financiamento do movimento. “Vou recomendar fortemente que aqueles que financiam a ANTIFA sejam totalmente investigados conforme os mais altos padrões e práticas legais”, declarou.
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Histórico
A decisão reacendeu debates sobre a legalidade de enquadrar o Antifa como organização terrorista doméstica, já que o grupo não possui liderança centralizada, filiação formal ou estrutura definida. O termo é uma abreviação de “antifascista” e remonta a coletivos que surgiram na Alemanha da década de 1930 contra o nazismo.
Nos Estados Unidos, os antifas ganharam visibilidade durante os protestos de 2020, após a morte de George Floyd, quando confrontos com a polícia se espalharam em diversas cidades. Naquele momento, Trump já havia ameaçado enquadrar o movimento como terrorista, mas recuou diante de críticas de organizações de direitos civis e questionamentos jurídicos.
Historicamente, os coletivos associados ao Antifa se definem como opositores do fascismo e da direita, adotando bandeiras antirracistas, antisexistas e, em parte, anticapitalistas.
No entanto, são frequentemente ligados a ações diretas, que incluem depredações e confrontos físicos com adversários políticos.
Morte de Kirk
O assassinato de Charlie Kirk, figura influente do conservadorismo norte-americano, ampliou a tensão política no país. Desde então, Trump tem atribuído a escalada da violência à “esquerda radical”, reforçando sua promessa de agir contra grupos que considera responsáveis pela instabilidade.
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