O presidente Donald Trump debochou do treinamento militar de civis na Venezuela ao postar um vídeo e chamar a atividade de “uma ameaça muito séria”. A declaração do líder dos Estados Unidos aconteceu nesta segunda-feira (22/9), em uma publicação na rede social Truth.
A reação de Trump surgiu após o governo de Nicolás Maduro utilizar armas reais em atividades com civis, diante das ameaças norte-americanas contra a Venezuela.
“ULTRASSECRETO: Pegamos a milícia venezuelana em treinamento”, escreveu Trump na legenda de um vídeo com imagens do suposto treinamento de civis da Venezuela. “Uma ameaça gravíssima”, acrescentou em tom de deboche.
Não está claro se as imagens que circulam nas redes sociais são mesmo do treino de civis venezuelanos.
Leia também
-
Trump faz grave ameaça se Venezuela não aceitar prisioneiros
-
Nicolás Maduro vai treinar civis venezuelanos com armas
-
Após ameaças dos EUA, Venezuela anuncia exercício militar no Caribe
-
Vídeo: Trump informa ataque contra barco com drogas da Venezuela
Ameaças contra a Venezuela
No último mês, uma frota de navios de guerra dos EUA foi deslocada para a região e recebeu o reforço de caças F-35, enviados para uma base militar em Porto Rico. A ofensiva norte-americana faz parte de uma campanha do governo Trump contra o que classifica como “narcoterrorismo” na América Latina.
Um dos focos é o cartel de Los Soles, que os EUA ligam ao tráfico internacional de drogas e apontam Nicolás Maduro como líder. Recentemente, o grupo foi classificado por Washington no rol de organizações terroristas.
Na prática, a mudança na política externa abriu brechas para a administração Trump. Com a justificativa de guerra contra o terror, a classificação de cartéis de drogas como organizações terroristas permite que tropas norte-americanas possam realizar operações em outros países para atingir tais grupos.
Desde então, os EUA já anunciaram que três embarcações, supostamente vindas da Venezuela com carregamentos de drogas, foram atacadas e destruídas no mar do Caribe, deixando 14 mortos. A Organização das Nações Unidas (ONU) trata as operações como “execuções extrajudiciais”.