O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (16/9) que firmou com a China um acordo em torno da operação do aplicativo de vídeos curtos TikTok no país, no que seria um ponto final em uma novela que se arrasta há quase um ano.
O discurso vai em linha com o que disse, na véspera, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que falou em “acordo preliminar” sobre o TikTok.
Segundo informações da imprensa norte-americana, o acordo deve permitir a transferência da propriedade para um controlador norte-americano. Uma nova rodada de negociações entre norte-americanos e chineses está prevista para os próximos dias.
“Temos um acordo sobre o TikTok. Temos um grupo de empresas muito grandes que querem comprá-lo”, afirmou Trump, sem revelar detalhes.
O acordo deve ser sacramentado após uma conversa, por telefone, entre Trump e o líder da China, Xi Jinping, marcada para a próxima sexta-feira (19/9).
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Novela sem fim
Em junho, Donald Trump prorrogou, pela terceira vez, o prazo para que a empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, venda a operação do aplicativo nos EUA.
No começo de abril, Trump, que se envolveu diretamente nas negociações para a venda do TikTok, já havia estendido por mais 45 dias o prazo para o desfecho do negócio. No início de maio, o presidente indicou que decretaria uma nova prorrogação.
Recentemente, Donald Trump voltou a afirmar que estava negociando uma possível venda da operação do TikTok no país.
Em declarações dadas no dia 9 de março, o republicano afirmou que as tratativas avançaram com pelo menos quatro possíveis compradores da plataforma destinada ao compartilhamento de vídeos curtos.
“Estamos negociando com quatro grupos diferentes, e muitas pessoas querem [comprar o TikTok]”, disse Trump a jornalistas.
Trump não revelou quais seriam as empresas interessadas no negócio e se limitou a dizer que os quatro grupos com quem vinha conversando eram “bons”.
O presidente dos EUA prometeu ainda que haveria um acordo para uma possível transação “em breve”.
A Amazon, gigante norte-americana de tecnologia, e um consórcio liderado pelo fundador do OnlyFans, Tim Stokely, entraram na disputa pela operação do TikTok nos EUA.
Entenda o caso
Com cerca de 170 milhões de usuários nos EUA, o TikTok foi retirado do ar no dia 19 de janeiro, pouco antes de entrar em vigor uma lei que exigia que a ByteDance vendesse o aplicativo por questões de “segurança nacional”.
Depois de assumir o mandato como presidente dos EUA, em 20 de janeiro, Trump assinou um decreto que adiou a aplicação da lei em 75 dias.
No fim de janeiro, Trump já dizia que vinha dialogando com empresários sobre a possível compra do TikTok.
No início de março, o republicano já havia afirmado que poderia estender o prazo estipulado para o acordo para além do dia 5 de abril, caso necessário.
Segundo app mais baixado
De acordo com dados da plataforma Sensor Tower, o TikTok foi o segundo app mais baixado nos EUA no ano passado, com 52 milhões de downloads (52% na App Store e 48% no Google Play).