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    Trump sobre ataque de drones na Polônia: “Não vou defender ninguém”

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    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou sobre a crise dos drones russos na Polônia. Nesta sexta-feira (12/9), o líder norte-americano afirmou que não iria “defender ninguém”.

    “Não vou defender ninguém, mas eles foram derrubados e caíram. Mas [os drones russos] não deveriam estar perto da Polônia de qualquer maneira. Eu resolvi sete guerras, sete. Incluindo o Paquistão [em conflito com a Índia]”, declarou Trump à Fox News.

    Na quarta-feira (10/9), o espaço aéreo polonês sofreu 19 incursões aéreas,  algumas com voos tão dentro do país que quatro aeroportos suspenderam as atividades. O Comando Operacional das Forças Armadas do país elevou ao nível máximo o alerta dos sistemas de defesa aérea e de reconhecimento por radar, abrangendo também boa parte da Ucrânia.

    Entenda os drones russos na Polônia

    • Donald Tusk, primeiro-ministro da Polônia, confirmou que as Forças Armadas do país abriram fogo contra drones russos que violaram seu espaço aéreo na madrugada dessa quarta-feira (10/9).
    • As autoridades da Polônia fecharam o Aeroporto Internacional de Varsóvia e acionaram aeronaves da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), após relatos de drones russos próximos à fronteira com a Ucrânia.
    • A Rússia pediu que a Polônia reconsidere sua decisão de fechar todos os pontos de passagem de fronteira com a Bielorrússia.
    • Varsóvia afirma que o fechamento da fronteira é uma medida preventiva de segurança. O governo polonês também anunciou manobras conjuntas de suas forças armadas com aliados da Otan, em resposta às movimentações russas e bielorrussas.
    • O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que não havia planos de atacar alvos na Polônia.

    Trump afirma não compactuar com a situação mas alegou que “pode ter sido um ataque acidental”. O líder norte-americano é visto como uma das figuras políticas de relevância para efetuar sanções à Rússia em meio as invasões nos territórios ucranianos, visto que se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca e pode ser um dos intermediadores da negociação.

    Ainda na entrevista, Trump demonstrou revolta com os recentes bombardeios de Putin na Ucrânia. Vale ressaltar que o presidente dos EUA é alliado do líder polonês e havia prometido ajudar a Polônia a se proteger a fim de repelir qualquer ameaça externa.

    Questionado sobre se a paciência com Putin está esgotando, o líder norte americano respondeu: “Sim, está acabando e acabando rápido. Mas é preciso dois para dançar o tango. É incrível quando Putin quer fazer isso (paz), e Zelensky não queria. Quando Zelensky queria fazer isso, Putin fez. Agora, Zelensky quer, e Putin é um ponto de interrogação. Mas vamos ter de agir muito, muito forte”, afirmou.