A Universidade de São Paulo (USP) terá um ato em defesa da democracia em resposta aos episódios envolvendo grupos conservadores que causaram tumulto na instituição nos últimos meses. O evento será no dia 2 de outubro e é organizado pela direção da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo diretor da instituição, Adrián Pablo Fanjul. “A ideia é convidar toda uma diversidade de setores acadêmicos, políticos e sociais. […] Vamos chamar todo mundo que queira defender a democracia na universidade”, diz o diretor.
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Ele diz que o ato foi decidido em uma reunião aberta, depois que um aluno e um professor convidado da unidade ficaram feridos durante uma confusão envolvendo um grupo conservador que foi à FFLCH para gravar vídeos. Na ocasião, os militantes rasgaram cartazes do movimento estudantil da USP e entraram em uma briga com alunos.
“Aqui não é para fumar maconha, não. Universidade é para estudar, não é lugar para vagabundo”, diziam os ativistas de direita, enquanto rasgavam os cartazes de papel, afirmando serem propaganda comunista. “Recebemos uma denúncia de que tem novos cartazes aqui. Porque isso aqui é um ato ilegal. Não tá no regimento da USP”, acrescentou um deles.
A manifestação no dia 2 de outubro acontecerá no vão do prédio da História e Geografia, a partir das 17h, segundo o diretor.