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    Valdemar diz que “houve planejamento de golpe”, mas nega crime

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    O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que “houve um planejamento de golpe” no Brasil, mas negou que tenha havida crime no movimento. Ainda segundo o cacique do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o “grande problema” está nos atos do 8 de Janeiro de 2023, classificados por ele como “bagunça”.

    “Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil a lei diz o seguinte: ‘se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime’. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe. Olha só, que absurdo, camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente e eles falam que aquilo é golpe”, disse Valdemar, que chegou a dizer que os atos foram organizadas pelo PT.

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    As declarações foram feitas nesse sábado (13/9), durante painel no Rocas Festival, evento de luxo do setor equino realizado em Itu, no interior paulista. Valdemar participou de um debate com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mediado pelo deputado estadual bolsonarista Tomé Abduch (Republicanos).

    Durante o encontro, Valdemar defendeu o projeto de anistia e afirmou que o objetivo da direita nas eleições de 2026 é fazer a maioria no Senado. Ele estimou que o campo deve eleger um mínimo de 45 senadores.

    O presidente do PL ainda afirmou que, em caso de união de figuras como Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior, a direita pode vencer as eleições.

    Para Valdemar, no entanto, os únicos nomes que ganhariam do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são Bolsonaro, Tarcísio e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele disse ainda que é Bolsonaro quem escolherá o candidato e o vice da chapa.

    Anistia

    • Sobre a anistia, Valdemar Costa Neto afirmou que o tema é “importantíssimo para o Brasil” e cobrou o apoio de Kassab, que respondeu ser a favor a iniciativa, o que gerou aplausos da plateia e do próprio Valdemar.
    • Para o presidente do PL, após a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), a “luta” da direita agora deve ser no Congresso Nacional.
    • “Esquece o Supremo, isso já acabou. Agora nós temos que resolver no Senado e Câmara e aprovar a anistia”, disse.
    • Valdemar ainda afirmou que o PP e o União Brasil já estão fechados no apoio a anistia e cobrou uma posição do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira.
    • “Tenho reunião a semana que vem e vou cobrar. Marcos, nós elegemos o teu presidente da Câmara, agora você precisa retribuir isso que nós fizemos para você. Se tivermos esses partidos unidos nós vamos aprovar anistia, pode ter certeza”, afirmou.