A investigação do triplo homicídio que chocou a Argentina ganhou contornos ainda mais cruéis. Imagens de segurança revelam os últimos momentos de Brenda Castillo (20), Morena Verri (20) e Lara Gutiérrez (15), vistas entrando em uma picape Chevrolet Tracker branca, na noite da última sexta-feira (1/9), em La Tablada, na região metropolitana de Buenos Aires.
O que parecia ser um encontro com um cliente terminou como uma emboscada armada por narcotraficantes. As três jovens, que trabalhavam como garotas de programa, foram levadas a uma casa em Florencio Varela, a cerca de uma hora do local do desaparecimento.
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Elas foram brutalmente torturadas e mortas. A sessão de violência foi transmitida ao vivo pelo Instagram para um grupo fechado de 45 pessoas.
“Isso acontece com quem rouba minhas drogas”, teria dito o líder da quadrilha durante a transmissão, em tom de recado para possíveis rivais.
A perícia constatou a extrema crueldade:
• Lara, a mais jovem, teve cinco dedos amputados e uma orelha cortada antes de ser morta.
• Brenda foi esfaqueada no pescoço, espancada e morta com um golpe que esmagou seu rosto.
• Morena foi espancada e teve o pescoço quebrado.
Os corpos foram desmembrados, escondidos em sacos de lixo e enterrados no subsolo do imóvel.
Prisões e mandante foragido
Ao todo, 12 pessoas já foram presas, entre elas suspeitos que limpavam a cena do crime com cloro e terra remexida. Os presos incluem argentinos e peruanos, apontados como integrantes da rede criminosa.
Segundo a polícia, a ordem para a execução partiu de um traficante peruano foragido, líder da quadrilha que domina a favela 1-11-14, em Buenos Aires, e que controla diversos pontos de venda de drogas na periferia sul.
A principal hipótese é de que as jovens tenham sido assassinadas em vingança após uma delas reter um quilo de cocaína e US$ 70 mil pertencentes ao grupo.