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Voto de Fux faz PT “desamar” ministro e mercado respirar aliviado

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Voto de Fux faz PT “desamar” ministro e mercado respirar aliviado

O ministro Luiz Fux foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pela então presidente Dilma Rousseff em 2011. Ele recebeu 68 votos favoráveis e dois contrários – de um total de 81 votantes.

Na sabatina, fase anterior a aprovação do nome do ministro no plenário, Fux foi questionado sobre o ativismo judicial.

Há 14 anos, o candidato a ministro respondeu o que reproduziu no julgamento da trama golpista nesta quarta-feira (10/9). “É absolutamente inconcebível a interferência política no judiciário. O juiz não pode transmitir para suas decisões a sua ideologia política”, respondeu. Foi aprovado por unanimidade.

Louvado pelos petistas em 2011, Fux agora é alvo de um linchamento pela esquerda por divergir do ministro Alexandre de Moraes no julgamento da trama golpista. O ministro discordou de todos os argumentos de Moraes para condenação de Jair Bolsonaro e militares do chamado núcleo golpista.

“Burro ou mau-caráter”, apelou a deputada Duda Salabert (PDT-MG) sobre o ministro. Ela postou uma foto do ministor num cédula de um dólar.

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Moraes, indicado pelo Supremo pelo então presidente Michel Temer, vive movimento contrário. Sua indicação foi rejeitada pelo PT, mas hoje o ministro, principal algoz de Bolsonaro, é aplaudido pelo partido.

Não foi a primeira vez, contudo, que Fux desagradou seus “padrinhos”. O ministro foi indicado sinalizando que não condenaria petistas envolvidos no esquema do mensalão – compra de votos em troca de apoio ao governo Lula no Congresso. Nomeado, fez o contrário.

Perguntada na época se havia se arrependido da escolha, Dilma respondeu: “Eu não me arrependo de nada. Estou muito velha para isso.”

Voto de Fux estava precificado pelo mercado

Único a divergir de Moraes no julgamento da trama golpista, o voto de Fux foi acompanhado pelo mercado com entusiasmo, mas não mudou o humor de quem controla o dinheiro no país.

O entusiasmo deve-se a divergência ajudar a apaziguar os ânimos com os bolsonaristas. Não reverte o resultado, mas abre uma janela para, caso o clima na Corte mude,  possa ser rediscutido em algum momento. O mesmo ocorreu com a Lava Jato.

O alívio fica por conta que para o mercado não interessa Bolsonaro de volta ao jogo eleitoral. Esse grupo aposta no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O resultado é que o dólar fechou em baixa de 0,54%, a R$ 5,4069, após oscilar entre R$ 5,3991 e R$ 5,4394.

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