A coluna Fábia Oliveira descobriu que Zezé Di Camargo tem vivido apuros com a chegada da inteligência artificial. A dor de cabeça se tornou tão grande que acabou virando caso de Justiça.
Em setembro, o sertanejo processou o Facebook. A medida surgiu após uma série de perfis no Instagram divulgarem um vídeo com sua imagem e voz, criado por IA, sem autorização. Nele, o artista aparece fazendo uma falsa manifestação política, incentivando as pessoas a apoiarem um suposto impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do STF.
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Na ação, Zezé destacou que, em um contexto delicado de embates políticos, esse tipo de material, de caráter ilícito, provoca danos irreparáveis à sua reputação e honra. Ele disse, ainda, não ser essa a primeira vez em que é alvo desse tipo de prática.
Zezé Di Camargo
Instagram/Reprodução
O cantor Zezé Di Camargo
Reprodução
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Reprodução/Instagram
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Instagram/Reprodução
Judicialmente, o cantor pediu uma tutela de urgência para obrigar o Facebook a excluir os vídeos. Ele pretende, ainda, que a empresa seja compelida a fornecer os dados dos perfis que publicaram os vídeos, permitindo a identificação de seus titulares.
Primeira vitória
Apesar de a ação ser recente, Zezé Di Camargo já emplacou uma vitória. No dia 05 deste mês, o juiz do caso deferiu a liminar pretendida pelo sertanejo.
Na decisão, o magistrado determinou a exclusão do vídeo originalmente publicado e também das republicações feitas por outras páginas da rede. O juiz determinou, ainda, que o Facebook apresente, em 30 dias corridos, os dados referentes aos perfis relacionados pelo músico.
Defesa se manifesta
Matheus Puppo e João Mazzieiro, advogados de Zezé Di Camargo, informaram à coluna que “seu cliente repudia o uso de tecnologia para manipulação de sua imagem e voz (deepfake) para disseminação de conteúdos falsos”. Além disso, ressaltaram que já foram adotadas medidas judiciais visando a identificação dos autores das postagens ilícitas.