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    A frustração no clã Bolsonaro com a reunião de Lula com Trump

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    Membros do clã Bolsonaro demonstraram a aliados frustração com o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que aconteceu no domingo (26/10) em Kuala Lumpur, capital da Malásia.

    A frustração foi com a própria realização do encontro. Segundo aliados, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado nos Estados Unidos, apostava que a reunião sequer aconteceria.

    4 imagensPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste AsiáticoEncontro entre Lula e Trump na MalásiaO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião bilateral na Cúpula da Asean.Fechar modal.1 de 4

    Lula e Trump na Malásia

    @ricardostuckert2 de 4

    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático

    Ricardo Stuckert/PR3 de 4

    Encontro entre Lula e Trump na Malásia

    Ricardo Stuckert / PR4 de 4

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião bilateral na Cúpula da Asean.

    Augusto Tenório/Metrópoles

    A expectativa dos bolsonaristas aumentou na quinta-feira (23/10), quando a Casa Branca divulgou a agenda oficial de Trump na Malásia sem incluir a reunião com Lula.

    Caso o encontro efetivamente não ocorresse, Eduardo sairia fortalecido, especialmente por sua interlocução com o secretário de Estado do governo americano, Marco Rubio.

    A reunião não só aconteceu, como Trump conversou por cerca de 40 minutos com Lula a portas fechadas. Ao final, os dois presidentes posaram para uma foto com aperto de mãos e sorrindo.

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    Embora publicamente Eduardo e outros bolsonaristas tentem minimizar o encontro, sob o argumento de que não produziu resultados práticos, nos bastidores a avaliação é diferente.

    Sob reserva, lideranças aliadas ao clã Bolsonaro admitem que a reunião entre Lula e Trump e todas as imagens e declarações subsequentes foram boas para o governo e ruim para o bolsonarismo.

    Com a reunião realizada, a estratégia de Eduardo e seus aliados agora é procurar autoridades americanas para saber o avaliar o “que houve de fato” na conversa entre Lula e Trump e calcular os próximos passos.

    A aposta de bolsonaristas é de que Trump pode até suspender o tarifaço ou diminuir as tarifas, mas não deve dar uma solução tão rápida para as sanções contra autoridades brasileiras.