Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil) intensificou as conversas para tentar emplacar o senador Rodrigo Pacheco (PSD) na vaga de Luís Roberto Barroso no STF. Alcolumbre disse a integrantes do Palácio do Planalto que a indicação de Jorge Messias, grande favorito para ser indicado por Lula, corre o risco de ser reprovada na votação no Senado.
Até o momento, o governo contabiliza 35 votos garantidos para Messias. Para a aprovação, o atual advogado-geral da União (AGU) precisaria do apoio de 41 dos 80 senadores.
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Entre parlamentares de oposição, o nome de Messias desperta menos resistência que o de Flávio Dino, aprovado para o STF com 47 votos. Ocorre que parte dos senadores cogita votar contra o AGU não por rejeitá-lo, mas para forçar Lula a optar por Pacheco.
Ao conversar com o presidente da República, Alcolumbre argumentou que o placar ainda não é favorável a Messias, ao passo que Pacheco já seria consenso no parlamento. O chefe do Senado também sustentou que uma eventual indicação de Pacheco melhoraria a relação do governo com partidos do Centrão.
Pacheco, por sua vez, mantém silêncio sobre o assunto. Interlocutores próximos ao senador dizem que ele se sentiria “honrado” com a indicação ao Supremo. Ex-presidente do Senado, ele é o nome preferido de ministros da Corte, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Jorge Messias, contudo, segue como o nome mais forte para ser indicado por Lula ao STF.