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    Aliado de Lula, Paes busca apoio do partido de Bolsonaro mirando 2026

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    Aliado do presidente Lula, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), procurou o partido de Bolsonaro em busca de apoio para disputar o governo estadual em 2026.

    Paes acredita que pode ter tanto o apoio do PT quanto do PL no pleito. A legenda de Lula comanda pastas na administração municipal e historicamente caminha com Eduardo em segundos turnos.

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    Já a sigla de Bolsonaro rompeu com Rodrigo Bacellar (União Brasil), atual presidente da Assembleia Legislativa que é visto como o principal adversário de Paes na corrida ao Palácio Guanabara. E foi a partir dessa ruptura que Eduardo Paes procurou lideranças do PL.

    O prefeito já se reuniu com Altineu Côrtes, presidente estadual do PL, em busca de uma aliança em 2026. Ambos mantêm ótima relação. Recentemente, Paes também elogiou Silas Malafaia, liderança do campo conservador próxima à família Bolsonaro.

    Uma coligação com a legenda de Bolsonaro só será possível, contudo, caso o PL e o PSD de Paes unam-se em torno de uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas à Presidência da República.

    Se isso não ocorrer, Paes atuará para ter o apoio informal do PL. E isso passa por demover o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de deixar o cargo em abril para concorrer ao Senado. Isso porque a saída de Castro abriria espaço para uma possível posse de Bacellar como governador interino, por meio de eleição indireta na Alerj, tornando o candidato do União Brasil mais competitivo para a disputa ao Guanabara.

    Paes trabalha com a ideia de prometer a Castro indicá-lo para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) caso se eleja governador, de modo a consolidar a aliança e a permanência de Cláudio no Executivo até 31 de dezembro do ano que vem, mantendo a chave do Palácio Guanabara longe das mãos de Bacellar.