Rio de Janeiro – Após a deflagração da megaoperação considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, os complexos do Alemão e da Penha amanheceram, nessa quarta-feira (29/10), sob clima de revolta e comoção.
A primeira manhã após o confronto foi marcada por ruas vazias, comércios fechados e a ausência dos engarrafamentos que tradicionalmente congestionam a região nos horários de pico. O silêncio contrastou com o cenário de guerra visto no dia anterior.
Na Vila Cruzeiro, moradores levaram ao menos 70 corpos para uma praça da comunidade. Os cadáveres estavam embalados em sacos pretos e foram organizados para que parentes pudessem fazer o reconhecimento das vítimas que morreram durante a ação policial.
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A maioria dos familiares que chegava ao local eram mulheres, mães, esposas e irmãs que se ajoelhavam no chão, choravam sobre os corpos e tentavam compreender o que havia acontecido.



Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
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Em um dos momentos mais emocionantes, registrado pela reportagem, uma mulher abraçou o cadáver de um parente e lamentou: “Por que ele saiu de casa?”.
Crianças e idosos acompanharam parte da cena, que também teve a chegada constante de rabecões. Enquanto a equipe esteve no local, quatro veículos do tipo deixaram a praça, cada um transportando ao menos quatro corpos para o Instituto Médico Legal (IML).
Moradores classificaram a megaoperação como “massacre” e “chacina”, e direcionaram críticas ao governador Cláudio Castro (PL), responsável pela iniciativa policial que resultou em um número ainda incerto de mortos na região.



megaoperaçãono Rio deixa mais de 64 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
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cadáveres serão recolhidos
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corpos enfileirados na Praça São Lucas
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