O Palácio de Buckingham anunciou, nesta sexta-feira (17/10), que o terceiro filho da rainha Elizabeth II, o príncipe Andrew, renunciou aos seus títulos reais. Em comunicado, o então duque de York — envolvido no esquema de exploração sexual de menores criado pelo empresário condenado Jeffrey Epstein, morto em 2019 — revelou que a decisão foi tomada mediante uma conversa com o monarca britânico e com o restante da família real.
Leia também
-
Autor revela idade precoce em que o príncipe Andrew perdeu virgindade
-
Livro revela que Harry deixou príncipe Andrew com nariz sangrando
-
Em meio a escândalo, príncipe Andrew está fora do Natal da realeza
Entenda
- Em 2019, Andrew já havia renunciado às funções na realeza por ter sido alvo de acusações de agressão sexual devido aos laços com o empresário americano Jeffrey Epstein.
- Em janeiro de 2022, ele foi destituído de seus títulos militares pela própria mãe, a rainha Elizabeth II, enquanto defendia um processo civil movido por Virginia Giuffre. O caso foi encerrado com um acordo milionário.
- Porém, uma nova reviravolta foi desencadeada devido a uma revelação do tabloide The Sun on Sunday, que trouxe à tona e-mails inéditos trocados entre Andrew e Epstein.
- Em uma mensagem enviada em 29 de fevereiro de 2011 — um dia após a divulgação da foto do duque com Giuffre — o príncipe afirmou ao financista: “Estamos juntos nisso”.
- A troca de mensagem entre Andrew e Epstein contradiz a declaração do duque de York em entrevista à BBC Newsnight, em 2019. Ele alegou que teria cortado relações com Epstein três meses antes e afirmou não se lembrar de ter conhecido a suposta vítima.
- Outro escândalo envolvendo o príncipe, como sua relação próxima com um espião chinês, aumentou a pressão para que a família real britânica tomasse uma atitude definitiva.
Veja o que levou o príncipe Andrew a renunciar aos títulos reais
A declaração do príncipe Andrew, que logo ganhou destaque na imprensa internacional, deixou claro que nenhuma decisão foi tomada de forma isolada e que, inclusive, o rei Charles teria ficado “feliz” com o desfecho.

“Concluímos que as contínuas acusações contra mim desviam a atenção do trabalho de Sua Majestade e da Família Real. Decidi, como sempre, colocar meu dever para com minha família e meu país em primeiro lugar. Mantenho minha decisão de cinco anos atrás de me afastar da vida pública”, garantiu o príncipe Andrew.
“Com a concordância de Sua Majestade, sentimos que devo agora dar um passo adiante. Portanto, não usarei mais meu título nem as honras que me foram conferidas. Como já disse, nego veementemente as acusações contra mim”, acrescentou.
Não foi só ele que sofreu as consequências de ter o nome associado à relação íntima com Epstein. A ex-esposa de Andrew, Sarah Ferguson, também deixará de usar o título de duquesa de York. As filhas do casal, Beatrice e Eugenie, no entanto, manterão seus títulos, segundo a emissora britânica BBC.
Para saber mais, siga o perfil de Vida&Estilo no Instagram.
