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Após ligação com Putin, Trump recua sobre envio de mísseis à Ucrânia

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Após ligação com Putin, Trump recua sobre envio de mísseis à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (16/10) que o país não pode esgotar os estoques de mísseis de cruzeiro Tomahawk ao fornecê-los para a Ucrânia. A declaração ocorreu logo após conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, na qual o tema foi abordado.

“Precisamos de Tomahawks para os EUA também. Temos muitos, mas precisamos deles”, disse Trump. “Não podemos esgotá-los para o nosso país. Eles são vitais, poderosos e precisos. Precisamos deles também, então não sei o que podemos fazer sobre isso”, acrescentou o presidente, sinalizando recuo em relação à possibilidade de envio das armas para Kiev.

Trump reagiu com ironia ao ser questionado se Putin teria tentado dissuadi-lo de autorizar o fornecimento.

“O que você acha que ele vai dizer? ‘Por favor, venda Tomahawks’?”, respondeu. “Eu realmente perguntei a ele: ‘Você se importaria se eu desse uns 2 mil Tomahawks à sua oposição?’ Disse isso exatamente assim”, contou o republicano, descrevendo o armamento como “cruel, ofensivo e incrivelmente destrutivo”.

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Encontro com Zelensky

Na sexta-feira (17/10), Trump receberá o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. Segundo o próprio norte-americano, o ucraniano deverá pedir autorização formal para o envio dos mísseis. Zelensky vem solicitando insistentemente que Washington amplie o fornecimento de munições para os sistemas Patriot e autorize a transferência dos mísseis.

Trump afirmou que, antes de tomar uma decisão definitiva, pretende discutir o assunto pessoalmente com Putin. No início de outubro, ele disse que já havia decidido sobre o tema, mas sem detalhar uma posição final.

Durante a ligação mais recente, Putin alertou que o uso dos Tomahawk pela Ucrânia “não pode ocorrer sem o envolvimento direto de militares americanos”, o que, segundo ele, representaria “uma nova fase de escalada” entre Rússia e Estados Unidos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também advertiu que Moscou reagiria “de forma correspondente” se o fornecimento fosse confirmado.

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