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Após “susto”, Tagliaferro diz estar tendo vida confortável na Itália

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Após “susto”, Tagliaferro diz estar tendo vida confortável na Itália

Após ter sido levado a uma delegacia pela polícia italiana nesta quarta-feira (1º/10), Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que tem uma vida confortável na Itália e não pretende se mudar do país. Ele foi avisado de que terá de cumprir medidas cautelares e teve de entregar seus passaportes, após a Justiça italiana atender parcialmente pedido do Supremo Tribunal Federal brasileiro.

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Em entrevista ao youtuber Paulo Figueiredo nesta quarta, Tagliaferro detalhou que está “livre” para fazer o que quiser, mesmo após ser levado por autoridades italianas para prestar esclarecimentos e entregar documentos.

“Não tem prisão, nem medida que eu não possa falar na internet, não aprenderam o meu celular, nada. Só reter os meus documentos para que eu não me ausente da Itália e restringiram minha circulação somente no município. Não estou impedido de ir para outro local, até mudar de residência, mas com o quê? Avisando a própria justiça italiana”, relatou Tagliaferro.

O ex-assessor de Moraes foi levado à delegacia nesta quarta (1º) para ser notificado formalmente acerca do processo de extradição em andamento no Brasil, vinculado à Petição 12.936, relacionada ao Inquérito 4.972 no STF.

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Reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) para ouvir o perito digital e ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro

Lula Marques/Agência Brasil2 de 5

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF Alexandre de Moraes e ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro

Arte/Metrópoles3 de 5

Eduardo Tagliaferro prestou depoimento às autoridades italianas

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Alexandre de Moraes e Eduardo Tagliaferro

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Eduardo Tagliaferro e o ministro Alexandre de Moraes

Reprodução

Tagliaferro é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Ele é investigado por supostamente ter repassado à imprensa diálogos e documentos sigilosos de servidores ligados ao ministro Moraes, que teriam sido divulgados pela Folha de S.Paulo. Questionado se sentiu medo de ser preso, Eduardo destacou que ficou um pouco apreensivo, mas sabia que se tratava apenas de trâmites da justiça italiana.

“É, condições básicas, eu tenho a previsão de mudar desse município até o final do mês para um outro município no norte. (…) Mas tudo isso vai ser oficiado ao juiz e mudar, porque já tem um apartamento inclusive lá em curso para que eu me mude, porque aqui no norte da Itália, é maravilhoso, é muito bom, mas é muito um pouco precário de algumas questões de infraestrutura. Lá sim eu vou ter uma vida um pouco melhor do que eu tô tendo aqui, mas assim, nada que me falta. Comida, cama, nada me falta”, disse o ex-assessor de Moraes.

Moraes

O ex-assessor chegou a ser indiciado pela Polícia Federal em abril deste ano. Em agosto, Moraes enviou ao Ministério da Justiça um pedido de extradição, e as contas bancárias de Tagliaferro foram bloqueadas por ordem judicial.

Por sua vez, Tagliaferro acusa o ministro de fraudar relatórios em uma operação contra empresários investigados em 2022, quando ainda trabalhava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cargo que ocupou entre agosto de 2022 e julho de 2023.

No início de setembro, Tagliaferro participou remotamente de uma sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, na qual voltou a levantar suspeitas contra Moraes e questionou também a atuação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

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