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    Aposta em Boulos é alta e foca nas ruas: pesadelo para a direita?

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    A nomeação de Guilherme Boulos (PSOL) para a Secretaria-Geral da Presidência é um lance audacioso de Lula, projetando o governo contra a oposição e movimentando a dinâmica interna da esquerda.

    É verdade que o efeito na direita foi um baita cutucão que, no susto, tentou desqualificar o escolhido como “ministro da reeleição”. Em vão – sabemos que o assustador para os adversários é o poder de mobilização de Boulos.

    Visto como um grande comunicador, pode injetar esse gás no governo. Ele foi convocado para resolver a baixa articulação e “colocar o governo na rua”, tarefa que exigiu a saída do petista Márcio Macêdo.

    Mas será que a estratégia é apenas defensiva? Com Lula inelegível em 2030 em caso de reeleição, catapultar Boulos para o centro do poder é, na prática, antecipar o debate da sucessão e, quem sabe, projetar um herdeiro forte para o campo progressista.

    Contudo, a jogada pode ser também motivo de uma dispersão de votos, abrindo a porta para uma nova dinâmica de forças com um líder de fora do PT – e deixando o PSOL, digamos, incomodado.

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