O farmacêutico e astrônomo amador Jefferson Mazzoni, de 33 anos, aproveitou a aproximação do cometa Swan para fotografar o astro, na região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, na segunda-feira (20/10).
Ao Metrópoles, o astrônomo contou que o objeto cruzou a constelação de Sagitário, atravessando o campo estelar da Via Láctea. Esta semana, segundo ele, é ideal para os observadores, pois o cometa C/2025 Swan alcançou o ponto de maior proximidade com a Terra. O corpo celeste foi identificado pela primeira vez no dia 11 de setembro pelo astrônomo ucraniano Vladimir Bezugly.
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Astrônomo registra o cometa C/2025 R2 (Swan) ao lado do planeta Marte
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Cometa atingiu ponto de maior proximidade com a Terra nesta semana
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Astrônomo amador também fotografou nebulosa “Pata de Gato”, localizada a aproximadamente 5.500 anos-luz da Terra
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Jefferson também fotografou a nebulosa conhecida como Pata de Gato, uma área de formação estelar na constelação de Escorpião, a aproximadamente 5.500 anos-luz da Terra. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), a região é uma das mais ativas maternidades estelares existentes na nossa Galáxia. O nome foi escolhido por conta da similaridade com a silhueta da pata de um gato.
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Os registros foram feitos na área rural de Potirendaba, um local com pouca poluição luminosa.
Cabeça de Cavalo
Em setembro, o astrônomo fotografou a famosa Nebulosa “Cabeça de Cavalo”. Na época, ele contou que começou as fotos por volta das 3h, quando a constelação de Órion surgiu e estava mais alta no horizonte. Ao todo, foram duas horas de exposição, divididas em diversos frames de 60 segundos.
O astrônomo possui três telescópios. Para apontar o equipamento na direção correta, ele utiliza um computador conectado a um planetário virtual. As imagens são capturadas por meio de outro software.
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Nebulosa “Cabeça de Cavalo” fotografada por astrônomo de São José do Rio Preto
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Para direcionar o equipamento, o astrônomo utiliza um computador conectado a um planetário virtual
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A Nebulosa “Cabeça de Cavalo” está localizada a cerca de 1.300 anos-luz da Terra, na constelação de Orion
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O berçário de estrelas é um dos objetos mais fantásticos do céu noturno.
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A “crina do cavalo” é formada por gás e poeira
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A famosa nebulosa foi descoberta em 1888 pela astrônoma Williamina Fleming
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Fotografias da Nebulosa Cabeça de Cavalo feitas pelos telescópios Euclid, Hubble e Webb
Divulgação/Nasa
“Eu, particularmente, gosto da constelação de Órion, acho a Nebulosa ‘Cabeça de Cavalo’ um dos objetos mais bonitos do céu noturno. Porém, por se tratar de uma Nebulosa escura, é um objeto muito tênue, geralmente, é preciso muitas horas de astrofotografia para se obter detalhes da nebulosa, principalmente dentro da cidade.”
O que é a Nebulosa “Cabeça de Cavalo”
- Uma nebulosa é uma nuvem gigante de poeira cósmica e gás localizada no espaço. A estrutura pode se formar a partir de explosões estelares.
- A região também pode ser considerada um “berçário” para a formação de novas estrelas.
- A Nebulosa “Cabeça de Cavalo” fica localizada a cerca de 1.300 anos-luz da Terra, na constelação de Órion.
- O descobrimento da Nebulosa “Cabeça de Cavalo” aconteceu em 1888 pela astrônoma Williamina Fleming.
- A nuvem cósmica deve desaparecer daqui a 5 milhões de anos.