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Auditores do PCC: entenda engrenagem que controla operações do tráfico

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Auditores do PCC: entenda engrenagem que controla operações do tráfico

As investigações da Polícia Civil sobre os pontos de tráfico de drogas comandados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no extremo leste de São Paulo e na região metropolitana da capital revelaram um engenhoso esquema criminoso, que inclui gestão de recursos humanos, afastamento por licença médica, balanço de estoque e a movimentação de milhões de reais.

“É como se fosse uma empresa”, disse o delegado Guilherme Leonel, coordenador da 8ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), que descobriu a estrutura organizacional da quadrilha.

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Coletiva sobre auditores do PCC no DHPP

Milena Vogado/Metrópoles

Engrenagem dos pontos de tráfico

A apuração da Polícia Civil mirou os chamados “auditores” do PCC. Isto é, faccionados que fazem a gestão de pontos de tráfico de drogas – as chamadas “lojas”, conhecidas popularmente como biqueiras.

Esses auditores, que podem ou não ser disciplinas locais (cargo de chefia na facção), assumem posição operacional ligada ao tráfico, e comandam os funcionários de cargos menores que atuam na venda dos entorpecentes, realizando divisão de cargos, tarefas e territórios.

Eles também estão submetidos a gestão de recursos humanos da facção, e podem se ausentar dos postos de trabalho mediante a apresentação de uma licença médica. Além disso, realizam um balanço de estoque dos pontos de venda: quando uma substância está em falta em uma loja, ela é alocada de outra.

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Os envolvidos também exercem “cargos administrativos” na facção, sendo responsáveis por “cadastrar” novos integrantes, bem como fiscalizar e punir aqueles que descumprem alguma norma.

Os auditores ainda realizam o controle financeiro das operações em planilhas e em grupos de WhatsApp (galeria acima). No celular de um deles, a polícia identificou ao menos 84 grupos – cada um referente a uma biqueira diferente em São Paulo.

As lojas lucravam, semanalmente, pelo menos R$ 400 mil. Uma em específico chamou a atenção dos investigadores por alcançar a quantia aproximada de R$ 700 mil em sete dias. Em um mês, o montante recebido pelo ponto girava em torno de R$ 2,8 milhões.

Com a movimentação milionária e a venda contumaz de drogas, os traficantes instalaram câmeras de segurança nas biqueiras, criando um sistema de monitoramento dos pontos de comércio de substâncias. Um vídeo mostra uma dessas câmeras em funcionamento. Veja:

Operação Auditoria

 

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