O presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizou nesta quinta-feira (23/10) que fará novos ataques terrestres contra a Venezuela. O anúncio acendeu o alerta vermelho no Itamaraty, que acompanha com lupa as movimentações norte-americanas em terras caribenhas.
A ameaça da Casa Branca de avançar em ataques militares contra a Venezuela elevou a tensão no Palácio do Planalto. O assunto deverá ser um dos temas mais sensíveis da conversa que o presidente Lula terá com Trump nos próximos dias.
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Fontes do Itamaraty afirmam que o governo brasileiro vê com “grande preocupação” a escalada militar norte-americana no continente. Lula, que tenta se posicionar como mediador e defensor da soberania dos países latino-americanos, deverá dizer a Trump que o Brasil não apoia qualquer tipo de intervenção externa em solo venezuelano.
Nos bastidores, assessores diplomáticos descrevem um clima de expectativa e cautela. A reunião entre os dois líderes, segundo fonte do alto escalão da diplomacia brasileira, “não será fácil”. O Palácio do Planalto teme que nova ofensiva dos EUA na Venezuela encerre o clima cordial que marcou os primeiros contatos entre Lula e Trump.
Um assessor de Lula definiu o momento como delicado, mas estratégico. Segundo ele, a reunião com Trump será uma oportunidade para o Brasil “marcar posição sem comprar briga”.
