A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quarta-feira (8/10), a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. O requerimento foi apresentado pela vereadora Zoe Martínez (PL), na última quinta-feira (2/10).
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CPI do Metanol
O novo colegiado terá sete membros, que ainda serão indicados pelos líderes das bancadas de vereadores. A CPI será a quinta atualmente em atividade na Câmara Municipal de SP. Trata-se do número máximo permitido pelo regimento interno. As outras quatro são: Pancadões, HIS, Jardim Pantanal e Íris.
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Intoxicações com bebidas adulteradas
Segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas. Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal.
Até a último balaço oficial, divulgado nessa terça-feira (7/10), o total de casos confirmados de intoxicação por metanol subiu para 18 no estado. O balanço anterior mostrava 15 diagnósticos confirmados. Ao todo, são 176 notificações em São Paulo.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 10 mortes são investigadas por ter relação com a contaminação por metanol. Três já foram confirmadas.
Apesar do aumento do número de casos confirmados, o governo paulista afirmou que descartou 38 novos casos após análises clínicas e epidemiológicas e outros 35 passaram a ser investigados. O total de notificações descartadas é de 85.
Estabelecimentos interditados e prisões
- Até essa terça-feira (7/10), 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal.
- Capital: Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca, M’Boi Mirim e Cidade Dutra.
- Grande SP: Osasco (2), São Bernardo do Campo (1) e Barueri (1).
- 42 presos em operações contra a adulteração de bebida desde o início do ano, 21 delas nesta semana.
As autoridades trabalham atualmente com duas linhas principais de investigação. Uma delas é a de que a contaminação ocorra por meio do metanol usado na limpeza de garrafas reaproveitadas. A outra é a do uso do composto químico para aumentar o volume de bebidas adulteradas.