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Camisinha retardante funciona mesmo? Médico explica

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Camisinha retardante funciona mesmo? Médico explica

Está com dificuldade para durar o quanto gostaria durante a atividade sexual? Sejamos realistas: todos querem ser lembrados por mais do que apenas uma “visita rápida”. É aí que entram as camisinhas retardantes. Esses preservativos, contendo os anestésicos benzocaína ou lidocaína, podem ajudar a retardar o clímax, proporcionando um leve efeito anestésico e fazendo o sexo durar mais.

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O urologista Wagner Kono do Hospital Israelita Albert Einstein explicou à coluna Pouca Vergonha que essas camisinhas foram desenvolvidas para reduzir levemente a sensibilidade do pênis e, com isso, aumentar o tempo até a ejaculação.

“O espessamento da parede do preservativo e os anestésicos locais, como lidocaína e benzocaína, diminuem a estabilidade das terminações nervosas e retardam o reflexo ejaculatório”, comenta.

O médico ainda destaca que tanto o espessamento quanto os anestésicos atenuam a sensibilidade e ajudam a prolongar o tempo da relação.

Efeitos colaterais

Embora esses preservativos sejam geralmente seguros, há um porém. Ocasionalmente, o agente anestésico pode ser transferido para as áreas sensíveis do seu parceiro, o que pode fazer com que ele também sinta menos sensibilidade, o que não é o objetivo.

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“Embora incomum, o uso dessas camisinhas pode causar eventos adversos, como dormência excessiva ou irritação na pele”, detalha o profissional. “A alta concentração de anestésico pode levar a uma redução exagerada da sensibilidade e até causar ardência ou vermelhidão.”

Apesar disso, Wagner destaca que os preservativos externos são seguros e eficazes para a maioria das pessoas, mas devem ser evitados por quem tem alergia ao látex ou a anestésicos como lidocaína e benzocaína.

Por isso, faz um alerta: “Pessoas com pele genital sensível, histórico de dermatite ou fissuras devem ter cautela, pois os anestésicos podem irritar ainda mais a região.”

Além disso, o urologista emenda que as camisinhas retardantes são um recurso útil dentro de um plano terapêutico, mas não substituem o tratamento médico. “Elas ajudam a controlar os sintomas, especialmente em casos leves e transitórios, mas não modificam a fisiologia do reflexo ejaculatório nem atuam nas causas psicológicas, hormonais ou neurológicas.”

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