Carla Daniel surpreendeu seus seguidores, na sexta-feira (24/10), ao revelar que passaria por uma cirurgia. Nos stories do Instagram, a atriz falou sobre o diagnóstico, que é o mesmo que afetou Gretchen e Elaine Mickely, esposa de Cesar Filho.
“Depois de 13 meses com dores, achei um ótimo médico para cirurgia de adenomiose. Demorei para encontrar, mas veio”, escreveu ela na legenda.
Carla Daniel desabafa antes de cirurgia: “13 meses com dores”
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Carla Daniel posa durante viagem
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Carla Daniel grava vídeo para o Instagram
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Carla Daniel posa durante passeio
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Carla Daniel faz pose para as redes sociais
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Carla Daniel posa ao lado de um quadro
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Carla Daniel faz selfie de chapéu e óculos
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Nos comentários, os fãs enviaram mensagens de apoio: “Deus na frente de tudo e você vai ver que já deu certo!
O que é adenomiose
A doença é caracterizada pela infiltração do endométrio, que é a camada interna do útero, no miométrio, a camada muscular. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema atinge entre 31% e 61% das mulheres e costuma aparecer entre os 40 e os 50 anos. A condição também pode afetar mulheres mais jovens que tenham sangramento uterino anormal e dismenorreia (cólicas antes do período menstrual).
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“O útero é dividido em três camadas: a serosa, a camada que o recobre; o miométrio, uma camada muscular intermediária; e o endométrio, a parte mais interna do útero. O adenomioma é quando o tecido endometrial vai parar no miométrio, ou seja, o tecido que reveste o útero vai parar na musculatura do útero. A essa condição damos o nome de adenomiose”, explicou o ginecologista André Vinícius.
Ele acrescenta que a doença pode não apresentar sintomas, mas, em alguns casos, a adenomiose se manifesta com: infertilidade; cólicas menstruais intensas; e aumento do fluxo menstrual e dos dias de período (a paciente que antes menstruava 3, 4 dias, passa a menstruar, 6, 7, 8 dias).
Diagnóstico e tratamento
A doença é diagnosticada por meio de exames de imagem. “O ultrassom permite identificar um miométrio irregular, ou que o útero está com o tamanho maior que o normal, pois a infiltração do tecido endometrial do miométrio pode aumentar o volume do útero”, afirma Vinícius. Ele acrescenta que a ressonância magnética também pode ajudar a identificar a doença.
Para pacientes que apresentam cólicas muito intensas, é possível ajustar medicamentos para o controle do sintoma. Em mulheres com sangramento uterino normal, é possível fazer um bloqueio hormonal que, geralmente, é o tratamento mais indicado para a adenomiose.
“Como essa doença é localizada dentro do útero, a colocação do dispositivo intrauterino (DIU) medicado com levonorgestrel tem uma ação muito interessante, pois diminui as cólicas menstruais da paciente e diminui o fluxo também”, afirmou o ginecologista.
A prática de um estilo de vida mais saudável , com a prática regular de atividade física, alimentação leve e equilibrada e o controle de estresse, são formas complementares de tratamento.
Quando a cirurgia é indicada
Existem casos em que a doença possui pontos focais, o que permite a realização de uma cirurgia para retirada apenas das regiões de foco para preservar o útero. Segundo o especialista, ela é ideal para pacientes que querem engravidar.
A histerectomia, que consiste na remoção completa do útero, como foi feito por Gretchen, é um tratamento definitivo recomendado para mulheres que não desejam engravidar e não obtiveram sucesso no controle da doença com tratamentos convencionais.
“Por se tratar de uma condição localizada na camada muscular do útero, ao removê-la, não há mais um local para que o tecido endometrial se desenvolva”, comentou Vinicius.
