Um carro-bomba explodiu na noite dessa terça-feira (14/10) em uma rua comercial da cidade de Guayaquil, no Equador, deixando ao menos um morto e dois feridos. Segundo as autoridades locais, a vítima seria um motorista de táxi que passava pelo local no momento da detonação.
O governador da província de Guayas, Humberto Plaza , classificou o episódio como um “ato de terrorismo, simples e direto”. A explosão destruiu parte de lojas e restaurantes da região e obrigou os bombeiros a evacuar o quarteirão.
Equipes antiexplosivos realizaram uma detonação controlada de outro veículo suspeito nas proximidades. “Os artefatos foram fabricados profissionalmente por grupos criminosos, com o objetivo de semear o caos”, escreveu o ministro do Interior, John Reimberg, nas redes sociais.
A explosão aconteceu em uma área com muitos restaurantes, escritórios, lojas, consultórios e, até mesmo, hospitais e hotéis, sendo considerado o maior centro comercial da cidade.
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A Procuradoria-Geral abriu investigação para identificar os responsáveis pela explosão e analisa imagens de câmeras de segurança. A polícia não descarta ligação com grupos criminosos que disputam o controle do tráfico no país.
O Equador vive uma escalada de violência sem precedentes, marcada por confrontos, fugas em massa e assassinatos de políticos.
Em janeiro, o governo de Daniel Noboa decretou estado de exceção e conflito interno armado após a fuga do líder criminoso Adolfo “Fito” Macías, do grupo Los Choneros, e uma onda de ataques coordenados que incluiu sequestros e explosões em várias cidades.
Desde então, as Forças Armadas passaram a atuar nas ruas e em prisões dominadas por facções, mas os episódios de violência continuam. Guayaquil, maior cidade e principal porto do país, tornou-se o epicentro da crise de segurança.