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Chamado de maconheiro pela ex, Bove quer teste toxicológico em alunos

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Chamado de maconheiro pela ex, Bove quer teste toxicológico em alunos

O deputado estadual Lucas Bove (PL), apontado pela ex-esposa Cíntia Chagas como usuário de maconha em denúncias sobre agressão física, ameaça e violência psicológica, propôs um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que obriga a realização de exame toxicológico para o ingresso e a renovação de matrícula em universidades estaduais paulistas.

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Cintia Chagas

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Cíntia Chagas prestou queixa contra o deputado

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Cíntia Chagas é influencer e professora de português

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Cíntia Chagas teria proposto a multa de R$ 1 milhão para quebra da confidencialidade

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A defesa de Cíntia Chagas pediu a prisão de Lucas Bove na sexta-feira (18/10)

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Antes de casar com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), esteve em um relacionamento com o psicólogo e empresário Luiz Fernando Garcia

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A influencer e o deputado estadual de SP anunciaram a separação poucos meses depois do casamento

@cintiachagass/Instagram/Reprodução

PL propõe toxicológico para estudantes de universidades de SP

Formado em administração e comércio exterior pela instituição privada Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, Bove propôs no PL 349/2023 que a permanência de estudantes no ensino superior público do estado deve depender da realização do exame toxicológico realizado anualmente.

O PL, que tem autoria conjunta com o deputado estadual Altair Moraes (Republicanos), foi proposto em março de 2023. Em maio do ano passado, o projeto foi recebido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, com voto favorável do relator, o deputado Carlos Cezar (PL). Desde então, seis deputados deram vista ao projeto, que está parado na Casa legislativa desde maio deste ano.

Apontado como maconheiro pela ex

Nessa quinta-feira (23/10), Bove foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por violência psicológica, perseguição, ameaça e lesão corporal – crimes que teriam sido cometidos contra a ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas. O órgão ministerial também pediu a prisão preventiva do parlamentar, o que depende da análise da Justiça antes de se tornar um decreto.

Na denúncia, obtida pelo Metrópoles, a promotora Fernanda Raspantini Pellegrino detalha as denúncias feitas por Cíntia durante o casamento e após a separação, ocorrida em setembro do ano passado.

De acordo com as acusações da influenciadora, Bove tinha o hábito de fumar maconha e, enquanto isso, empunhar a arma de fogo em direção à então esposa em tom de “brincadeira”. A promotoria considerou o ato como uma intimidação “ostensiva”.

Em uma ocasião específica, em julho de 2024, o deputado teria fumado maconha e apertado o mamilo de Cíntia enquanto eles estavam na presença de uma amiga dela – o que ele fazia frequentemente.

Ele chegou a passar a mão debaixo da roupa da então esposa, naquele episódio, dizendo para a outra mulher presente: “Olha o que eu faço com sua amiga”. A situação teria deixado as duas constrangidas.

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Histórico de agressões

Processos e medidas protetivas

Logo após a separação, em setembro do ano passado, Cíntia registrou um boletim de ocorrência contra Bove e entrou com um pedido de medida protetiva, que foi acatado pela Justiça. Ele ficou proibido de manter contato, se aproximar e frequentar lugares em que ela esteja. As cautelares permanecem vigentes e o divórcio foi oficializado em 14 de setembro.

Em setembro deste ano, ele foi indiciado por ameaça e violência psicológica. E, nesta quinta, o MPSP o denunciou por violência psicológica, perseguição, ameaça e lesão corporal. Além disso, há uma ação penal instaurada por descumprimento de medidas protetivas. O órgão ministerial pede à Justiça a prisão preventiva do parlamentar.

O que dizem as partes

Em nota, a defesa de Cíntia afirmou que a denúncia oferecida pelo MPSP “representa um marco importante para as mulheres na busca pela verdade, pela responsabilização e pela dignidade da vítima”.

Segundo a advogada Gabriela Manssur, a denúncia formal reafirma o que “sempre sustentaram”: “Que não há espaço para o abuso, para a impunidade e para o uso do poder como instrumento de opressão”.

Em publicação nas redes sociais após a repercussão do pedido de prisão preventiva, Bove afirmou que o requerimento ocorreu após ele “responder uma pergunta sobre fatos que já eram públicos e que foram vazados”. Ele acrescentou que a Delegacia da Mulher “afastou totalmente as acusações de violência física”, o indiciando por violência psicológica.

O parlamentar afirmou que um laudo que atesta a ausência de dano psicológico na vítima foi ignorado pela delegacia. Ele lembrou ainda que a Cíntia falou publicamente à imprensa nessa quarta (22/10) sobre o episódio em que ele lhe atirou uma faca. “Segredo de Justiça com uma cautelar que me proíbe também de falar! E nada acontece…”, afirmou Bove.

Em nota ao Metrópoles enviada nesta sexta-feira (24/10), a defesa de Lucas Bove afirmou que o parlamentar recebeu o oferecimento da denúncia do MPSP “com enorme surpresa”, especialmente pelo “descabido pedido de prisão”. Para os advogados, “inexistem razões, pressupostos e ou requisitos para a cogitação ou adoção dessa medida”.

A defesa acrescentou que não se conforma com “o vazamento contínuo de informações a respeito do processo, que possui segredo e sigilo
judicial e é alvo de comentários da citada Cíntia Maria Chagas”.

Além disso, a defesa diz que já se manifestou nos autos, formalmente, contra o pedido do MPSP e que confia na Justiça. “Nosso cliente continuará empenhado a comprovar que não praticou crime algum, respeitando,

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