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Com “shutdown”, Trump inicia demissões em massa de servidores nos EUA

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Com “shutdown”, Trump inicia demissões em massa de servidores nos EUA

A Casa Branca confirmou nesta sexta-feira (10/10) o início de uma rodada de demissões em massa entre servidores federais, em meio à paralisação do governo dos Estados Unidos. A medida dá sequência às ameaças do presidente Donald Trump de reduzir o tamanho do funcionalismo e cortar gastos públicos durante o “shutdown”, que já afeta centenas de milhares de trabalhadores.

É a primeira paralisação governamental em quase sete anos. A última ocorreu durante o primeiro mandato presidencial de Trump, quando as funções governamentais foram suspensas durante 35 dias, em dezembro de 2018.

O que é shutdown

Segundo informações do New York Times, as demissões devem atingir várias agências federais, incluindo os departamentos do Comércio, Educação, Energia, Segurança Interna, Saúde e Serviços Humanos, e Tesouro. Sindicatos que representam funcionários públicos informaram à Justiça que cerca de 1,3 mil desligamentos estariam sendo preparados apenas no Departamento do Tesouro.

O diretor de orçamento da Casa Branca, Russell Vought, confirmou o início dos cortes em uma publicação no X (antigo Twitter) afirmando que os “RIFs começaram” – sigla em inglês para “redução de pessoal” (reduction in force) – termo usado pelo governo americano para demissões em larga escala no setor público.

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Entenda o impasse

A decisão ocorre em um momento de impasse fiscal, sem perspectiva de acordo entre republicanos e democratas para encerrar o fechamento parcial do governo. Em vez de buscar uma negociação, Trump tem usado o “shutdown” para defender a reorganização do orçamento federal e pressionar seus opositores políticos.

Tudo começou quando o Senado dos EUA não aprovou um plano de financiamento republicano temporário – que manteria as operações do governo funcionando até 21 de novembro – que já tinha sido chancelado pela Câmara dos Representantes. Com isso, o governo Trump parou.

Apesar de os republicanos – do partido de Trump – deterem a maioria com 53 lugares, não conseguiram os 60 votos necessários para ultrapassar o bloqueio democrata. Três democratas votaram a favor da proposta, mas não foi suficiente para evitar a paralisação.

“Vamos cortar alguns programas muito populares entre os democratas, que não são populares entre os republicanos”, disse o presidente em uma reunião de gabinete nesta semana. Ele acrescentou que pretende dar aos adversários “um pouco do seu próprio remédio”.

O governo já suspendeu ou congelou dezenas de bilhões de dólares em repasses federais destinados principalmente a cidades e estados governados por democratas. Trump também ameaçou eliminar o que chama de “agências democratas”, promovendo cortes permanentes de gastos sem a aprovação do Congresso.

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