O Tribunal do Júri de Brumado (BA) condenou, nessa quinta-feira (16/10), o ex-vereador Valdnei da Silva Caires a 34 anos e 24 dias de prisão, pelo assassinato de uma mulher de 25 anos que estava grávida à época do crime, em 2023.
O crime ocorreu no município de Barra da Estiva. O corpo da mulher jamais foi encontrado.
Leia também
-
Polícia captura traficante escondido dentro de uma lixeira no RJ
-
Blogueira é presa por mandar CV torturar dupla que invadiu a casa dela
-
Oferta de falso emprego: modelo é assassinada e tem órgãos retirados
-
Mulher do padre: veja o que a polícia achou e o que investiga agora
O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (16), após a Justiça decretar a transferência da sessão de julgamento de Barra da Estiva para Brumado com o intuito de evitar envolvimento emocional dos integrantes do Júri.
Valdinei foi condenado pelo homicídio qualificado por motivo fútil, traição e feminicídio, com agravante de vítima gestante, além do crime de ocultação de cadáver. O réu cumprirá a pena em regime fechado.
O crime
De acordo com a denúncia, a vítima, identificada como Beatriz Pires da Silva, estava grávida quando foi morta, no dia 22 de março de 2023. Ela tinha 25 anos e mantinha relacionamento com o então vereador. O corpo da jovem desapareceu após o crime e nunca foi encontrado.
Ainda conforme a denúncia, autoria e materialidade do crime ficaram comprovadas por meio de provas, como vídeos da vítima entrando no veículo idêntico ao utilizado pelo Sindicato dos Trabalhadores, que costumava ser dirigido apenas pelo réu.
Além disso, foram encontradas manchas de sangue no veículo do ex-vereador e o relatório policial informou a conexão do celular da vítima Beatriz com o Wi-Fi do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, dois dias após seu desaparecimento, sendo que o então político era presidente do sindicato.
Na sentença, o juiz Genivaldo Alves também fixou indenização mínima equivalente a 100 salários-mínimos, a título de danos morais à mãe da vítima, que atuou como assistente do Ministério Público durante o processo, por meio da advogada Suilane Novais Lima.