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CPMI ouve ex-procurador do INSS; acompanhe

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CPMI ouve ex-procurador do INSS; acompanhe

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve, nesta quinta-feira (23/10), o ex-procurador-geral do órgão Virgílio de Oliveira Filho. Ele é alvo da Polícia Federal na Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios de aposentados, revelado pelo Metrópoles.

Virgílio obteve habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e poderá permanecer em silêncio durante o depoimento à comissão.

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O colegiado ouve também a esposa dele, a empresária Thaisa Hoffmann Jonasson. Ela também é investigada pela Polícia Federal.

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril deste ano e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.

A PF afirma que Virgílio recebeu cerca de R$ 11,9 milhões de empresas relacionadas às entidades associativas investigadas por descontos irregulares na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas.

Desse montante, cerca de R$ 7,5 milhões vieram de empresas ligadas a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS” e apontado como lobista do esquema. Parte dos repasses foi efetuada por meio da esposa de Virgílio, Thaisa Jonasson.

O ex-procurador-geral foi afastado do cargo em abril, por determinação da Justiça Federal, no mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou a operação sobre o esquema.

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