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    Deputado aciona PGR contra líder do MST por promessa à Venezuela

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    Vice-líder da oposição na Câmara, o deputado Evair Vieira de Mello (PP-ES) pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o líder do MST, João Pedro Stédile, após uma promessa de ajuda à Venezuela.

    Em entrevistas recentes, Stédile afirmou que, caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decida por uma invasão militar na Venezuela, o movimento enviará seus militantes para prestar ajuda logística e humanitária.

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    João Pedro Stédile

    Rafael Stedile/Reprodução MST2 de 3

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    João Pedro Stédile

    Igo Estrela/Metrópoles

    Na quinta-feira (23/10), Evair protocolou na Câmara um requerimento pedindo que a PGR adote providências. No documento, o deputado diz que a ajuda prometida pelo MST à Venezuela atentaria contra a soberania nacional.

    “Tais vínculos e a articulação pública de envio de militantes para atuar em território estrangeiro, ainda que sob o pretexto de solidariedade, suscitam preocupações de ordem penal, constitucional e diplomática — sobretudo diante da omissão do governo brasileiro em coibir condutas potencialmente lesivas à soberania nacional”, disse o parlamentar.

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    Pedidos à PGR

    No requerimento, Evair pede que a PGR abra investigação para apurar a responsabilidade de Stédile e oficie o Itamaraty, o Ministério da Justiça e a CGU sobre possíveis vínculos financeiros entre o MST e a Venezuela.

    O deputado também quer que a PGR fiscalize o uso de recursos públicos em ações do MST relacionadas à Venezuela e que adote as medidas penais cabíveis para evitar a formação de grupos brasileiros em território venezuelano.

    “Com efeito, o MST já ultrapassou há muito o limite do aceitável. Não é mais um insuspeito movimento social — é uma organização de viés criminoso, que se arvora no direito de violar a lei, usurpar propriedades, desafiar as instituições e, agora, pretende exportar sua militância para servir a uma ditadura estrangeira. O anúncio de que o MST articula o envio de brasileiros para atuar em defesa do regime sanguinário de Nicolás Maduro não é um ato político, mas uma confissão de traição à Pátria”, afirmou o deputado.