O ativista brasiliense Thiago Ávila comunicou a autoridades israelenses que não vai mais beber água até que sejam entregues medicações essenciais aos embarcados na Flotilha, barco que seguia rumo a Gaza até ser interceptado por Israel, na última quarta-feira (1º/10). A informação foi divulgada neste domingo (5/10).
Ávila denuncia que medicações e cuidados médicos têm sido negados aos tripulantes do Global Sumud Flotilla. O grupo seguia rumo a Gaza na tentativa de criar um corredor humanitário até a região.
Além de não beber água, Thiago Ávila está em greve de fome desde sábado (4/10), junto com João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles.
A Flotilha contava com 14 integrantes, mas um brasileiro foi deportado no sábado. Nicolas Clabrese, que tem cidadania argentina e italiana mas mora no Brasil há mais de 10 anos, foi deportado para a Turquia, com passagem paga pelo consulado da Itália em Israel.
A assessoria do Global Sumud Flotilla confirmou que Nicolas já chegou à Itália.
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Treze brasileiros detidos
Treze integrantes brasileiros ainda permanecem presos por Israel na chamada Prisão de Ktzi’ot, centro de detenção em Israel. São eles: Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, vereadora Mariana Conti (Psol-SP), Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, deputada Luizianne Lins (PT-CE), João Aguiar, e Miguel Castro.
Manifestantes de todo o Brasil prometem protestar, ao longo desta semana, contra a prisão dos ativistas. Em Brasília, há dois atos marcados para esta terça-feira (7/10), sendo o primeiro na Embaixada dos Estados Unidos, às 9h30, e o segundo, no Itamaraty, às 11h.