A confirmação de um novo caso de botulismo no Distrito Federal esta semana mostra o quanto a doença é rara. Um homem contraiu a doença após comer pimenta em conserva, em setembro. O paciente diagnosticado com a doença recebeu alta hospitalar e segue em recuperação domiciliar, com acompanhamento especializado.
Em Brasília, foram apenas três casos confirmados oficialmente em toda a história, sendo o último há dois anos, em 2023, segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF). o primeiro caso registrado foi em 2007.
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A pasta confirmou laboratorialmente a presença da toxina botulínica na conserva de pimenta. O caso foi notificado e as unidades de saúde do DF foram alertadas para observarem o possível surgimento de outros casos. Até o momento, não houve novos relatos de casos suspeitos.
De acordo com a secretaria, o botulismo é uma emergência neurológica. É uma doença paralítica aguda, grave e rara, causada pela neurotoxina da bactéria Clostridium botulinum.
Sintomas Clássicos:
O início é súbito. Os primeiros sinais são quase sempre cranianos:
– Visão dupla (diplopia)
– Pálpebras caídas (ptose)
– Dificuldade de engolir (disfagia)
– Dificuldade de articular a fala (disartria)
De acordo com a pasta, a marca da doença é a paralisia flácida descendente. A fraqueza começa na face e pescoço e “desce” simetricamente para os braços e, por fim, para as pernas.
O maior perigo é a paralisia dos músculos respiratórios (diafragma). O paciente pode evoluir para insuficiência respiratória aguda e parada respiratória. Crucialmente, a pessoa permanece consciente.
Tratamento em caso de emergência:
UTI: A prioridade é garantir a respiração, muitas vezes com ventilação mecânica (respiração por aparelhos);
Soro Antibotulínico (SAB): Deve ser aplicado o mais rápido possível, assim que houver a suspeita clínica. O soro neutraliza a toxina que ainda está circulando no sangue, impedindo que a paralisia piore.