Com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticando a estratégia de votar um destaque pela anistia no chamado “PL da Dosimetria“, lideranças bolsonaristas mudaram a linha que vinha sendo defendida na Câmara.
Agora, aliados de Bolsonaro dizem que terão de aguardar o relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), apresentar seu texto para só depois avaliar o que a bancada poderá fazer.
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo em Washington, nos EUA
Reprodução/X
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo em Washington, nos EUA
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Eduardo Bolsonaro
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Parte dos deputados do PL afirma que não há como defender uma redução de penas, como a proposta por Paulinho — tanto pela posição de Eduardo quanto pelo pedido público feito pelas famílias dos presos do 8 de Janeiro.
Na segunda-feira (29/9), Eduardo postou um vídeo dizendo que a ideia de tentar um destaque no projeto é uma “estratégia para enterrar a anistia fingindo ter lutado por ela”.
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“Isso daí é no mínimo equivocado, para não dizer mal-intencionado. Os deputados que defenderem a estratégia de lutar pelos destaques a fim de se alcançar a anistia estão mentindo para você”, disse Eduardo.
Já a Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) emitiu uma nota afirmando ser contra a redução de penas e que, em pesquisas internas, 81% dos filiados rejeitam a proposta de “dosimetria”.
Valdemar e Paulinho
Na terça-feira (30/9), o relator Paulinho da Força se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), que defende conversas para incluir a anistia no texto-base.
Entretanto, o deputado paulista avisou que não vê possibilidade de avançar com a anistia e que construirá seu texto pela média das opiniões das bancadas da Câmara dos Deputados.
