O Metrópoles venceu duplamente o 1º Prêmio ADPF de Jornalismo, promovido pela Associação de Delegados da Polícia Federal. A investigação jornalística Farra do INSS foi escolhida pelos jurados para receber o 1º lugar na categoria texto e a matéria multimídia Identidade Roubada ficou com o 3º lugar.
Os vencedores do 1º Prêmio ADPF de Jornalismo foram anunciados na quarta-feira (29/10) durante confraternização realizada no Dúnia City Hall, em Brasília. Além do Metrópoles, também receberam prêmios a revista Piauí, Uol, Rede Globo e CNN.
De autoria do diretor da sucursal de SP, Fabio Leite, e do repórter Luiz Vassallo, a investigação jornalística Farra do INSS conseguiu desmascarar associações fantasmas que, por meio de fraudes, realizavam descontos indevidos diretamente no contracheque de aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
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As informações levantadas pelo Metrópoles serviram de base para a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025 pela Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
A operação policial cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão em várias cidades do país. Depois dela, o INSS suspendeu todos os descontos associativos, e o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, viu-se obrigado a pedir demissão. Atualmente, o governo se concentra em devolver os prejuízos financeiros causados aos aposentados.
A investigação jornalística Farra do INSS venceu o prêmio IREE de Jornalismo em 2024. Neste ano, a reportagem recebeu a 1ª menção honrosa na categoria Jornalismo em Profundidade, promovido pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Identidade Roubada
A reportagem multimídia Identidade Roubada escrita por Thalita Vasconcelos detalha como as novas tecnologias estão sendo usadas para construir deepfakes, ampliando as possibilidades de estelionatos e golpes.
O texto conta a história de Rosalvo Streit Júnior, um médico de Brasília que passou a viver o inferno após fotos e vídeos dele serem usados para cometer estelionatos amorosos contra mulheres de vários países.
O projeto Identidade Roubada contou com a concepção de Lilian Tahan, Otto Valle, Márcia Delgado e Olívia Meireles; foi editado por Érica Montenegro e Saulo Araújo; revisado por Juliana Garcês. A direção de arte do projeto coube a Gui Prímola, com apoio de Otavio Brito.
O minidoc que acompanha o material foi desenvolvido por Gabriel Foster, Ana Clara Araujo, Bethânia Cristina, Blandu Correia, Giuliano Gazzoni, João Andrade, Leonardo Hladczuk, Lucas Viana, Mark Vales, Nayara Maluf, Sarah Chaves.
O desenvolvimento tecnológico necessário para levar o conteúdo ao ar foi feito por Italo Ridney, André Marques e Saulo Marques.
