Em pronunciamento nesta terça-feira (14/10), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) relatou a situação precária de uma escola de ensino médio situada no Baixo Envira, em Feijó, na Terra Indígena Katukina/kaxinawa. Alunos são submetidos a condições insalubres. Edvaldo disse que a unidade escolar não pode ser chamada nem mesmo de ‘paiol’, isso porque o teto de palha está ‘destruído’.
“Eu gostaria de compartilhar com todos um vídeo que eu recebi ontem tratando de uma escola, vou dizer assim, do nível médio de uma aldeia do nosso estado do Acre. Amanhã é 15 de outubro. É o dia do professor. Eu fiz questão de colocar esse vídeo, hoje, para homenagear aquele professor, que é um professor anônimo. Sabemos que ele está ali cuidando daqueles alunos. Essa escola, certamente, não vaia aparecer no Fantástico. Ela é pior do que aquela que apareceu no Fantástico. Essa está coberta de palha e já apodreceu. Todos sabemos que uma cobertura dessa leva no mínimo cinco anos. Foi feito, cobriram de palha, sem piso, botaram uma pequena lousa para virar escola de ensino médio. E vai ficar por aí e vai cair no esquecimento”, disse Edvaldo Magalhães.
Ainda em seu discurso, ele voltou a falar da retirada dos 10% da tabela do PCCR da Educação. “E, aquele professor, ele não vai ter o que comemorar, como vários professores e professoras não terão o que comemorar. A principal reivindicação é reaver uma conquista que lhe foi tirada à força. Fizeram como uma extração de dente sem anestesia. Roubaram o seu Plano de Cargos, Carreiras e Salários numa votação covarde no plenário desta Casa na legislatura anterior. Eu falo covarde porque todos os números apresentados não justificavam a retirada. O argumento foi mentiroso”.
O parlamentar comentou também sobre os pedidos de empréstimos na ordem de R$ 280 milhões. Ele adiantou que, caso seja usado o repasse do Fundo de Participação do Estado (FPE) como garantia do empréstimo, ele votará contra.
“Mais tarde vai circular mais um pedido de empréstimo do governo do estado. Se vai tomar um empréstimo de R$ 30 milhões para modernizar a administração públicas e mais R4 250 milhões para a área da produção. O estado não fez o dever de casa para sair do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os últimos relatórios o Acre caiu da Letra B para letra C. Se for para botar o FPE de avalista, vou adiantando que voto contra”.