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    Em carta a Lula, movimento negro cobra ministra negra no STF

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    O Instituto de Defesa da População Negra, grupo ligado ao movimento negro, enviou uma carta ao presidente Lula nesta sexta-feira (10/10), cobrando que o petista indique uma mulher negra para o STF.

    O grupo deseja que o presidente da República faça a indicação para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou na quinta-feira (10/10) que se aposentará da Corte em breve.

    4 imagensA primeira ministra negra a fazer parte do TSE, Edilene LoboFechar modal.1 de 4

    A ministra Edilene Lôbo, do TSE

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    A primeira ministra negra a fazer parte do TSE, Edilene Lobo

    Antonio Augusto/Secom/TSE3 de 4

    Reprodução4 de 4

    Alejandro Zambrana/Secom/TSE

    Na carta, ao qual a coluna teve acesso, o IDPN destaca que, mesmo após quase três anos de mandato, apenas duas mulheres negras foram nomeadas para cargos relevantes.

    As duas negras citadas na carta são Edilene Lôbo e Vera Lúcia Santana de Araújo. Ambas foram indicadas por Lula para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em funções temporárias e sem remuneração fixa.

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    No documento, o Instituto lembra que a população negra foi decisiva para a eleição de Lula, com 60% das intenções de voto entre pessoas autodeclaradas pretas, segundo o Datafolha.

    “O que reivindicamos, neste momento, é que o Movimento Negro Brasileiro seja ouvido com o mesmo respeito e atenção dados a outros grupos políticos na discussão sobre a sucessão do Ministro Barroso. O Movimento Negro Brasileiro não busca cargos: constrói um projeto de país. Um projeto gestado coletivamente ao longo de cinco séculos de resistência e conquistas”, diz um trecho da carta.

    A mobilização “Ministra Negra Já”, que ganhou projeção nacional e internacional em 2023, é citada como símbolo da demanda por reconhecimento e inclusão real.